A biografia de Luiz Brandão na internet é totalmente omissa quanto à sua passagem pela Rádio Marajoara ao tempo dos “Associados”. O narrador esportivo carioca que veio da Tupi do Rio e ficou por quase cinco anos em Belém, substituiu Jayme Bastos que deixou a conhecida ZYE-20, prefixo que lhe antecedia o nome de fantasia. Um atrito com o diretor de programação da emissora, originou a saída do “neca,neca”. A mesma falha biográfica se observa quanto à sua atuação por longos anos como redator da extinta agencia esportiva Sport Press.
Segundo os dados constantes na internet, ele começou no Hora do Guri, na Tupi, ainda garoto. Interpretava um personagem conhecido como Poky. Na carreira esportiva, a primeira emissora foi a extinta Mauá, em 1940.Onde também narrava lutas de jiu-jitsu esporte que teria praticado quando jovem. Chegou a trabalhar no rádio mineiro na Ubá, da mesma cidade. Ressurge no rádio esportivo carioca através da falecida Guanabara em 1950. Naquela emissora apresentava outros programas de gêneros variados.
Em 1952 volta para a Tupi e vai trabalhar no jornalismo sob o comando de Gontijo Teodoro e no departamento esportivo que tinha gente famosa como Doalcei Camargo e Afonso Soares, dois nomes de destaque naquele tempo. Foi para a Tamoio que também pertencia aos “Associados” em 1955 sendo o segundo narrador do consagrado Oduvaldo Cozzi que era o titular.
Luiz Brandão chegou a Belém em 1958 e organizou de fato o departamento esportivo da Marajoara. Promoveu concurso para repórteres e demais integrantes do setor. Destacam-se nessa época, Carlos Castilho e Jones Tavares ambos até hoje ainda em atividade.
Depois de retornar ao Rio, Brandão ainda atuou por breve tempo na extinta Mayrink Veiga e depois na Nacional. Além de narrador esportivo, foi disc-jóquei.
Ainda passaria por Belém no final dos anos 70 mas já com a voz comprometida pelo tempo e logo retornaria a sua terra natal. Foi competente dublador de filmes da Telecine, Herbert Richers e nos anos 90 transfere-se para a Sincrovideo. Encerra a carreira de dublador na Delart e, finalmente, na Audio Video. Afasta-se, por doença, definitivamente de todas as atividades em 2003. Não há registro oficial de sua morte, embora alguns de seus contemporâneos na Marajoara garantam que ele já é falecido.
Em Belém, o estilo de Brandão não emplacou, sem contar que ainda enfrentou Edyr Proença, que era considerado um mito na locução do futebol naquele tempo.
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