sábado, 9 de dezembro de 2017

Lugar de mulher é na... latinha

Zuleide Ranieri - Foi a pioneira na narração do futebol.
Hoje elas estão em todas. Ou melhor, muito próximas do domínio das profissões antes tidas como um nicho masculino. É o avanço feminino no universo dos homens. Sinal de uma nova era. Chegaram, faz tempo às comunicações. E vieram com tudo. Nos jornais impressos e na televisão, só dá elas.

No rádio esportivo ainda estão meio acanhadas. Mas a recente narração de uma locutora mineira – com voz nem tão agradável, conforme ouvi no Youtube – já assanhou as pretendentes à função até hoje exclusiva dos narradores.

Não é bem assim. Por volta de princípios dos anos 1970, uma emissora paulista se aventurou a formar uma equipe totalmente feminina.Com quase uma dezena de integrantes, a Rádio Mulher balançou o mercado e espantou a macharada. Sua principal narradora era Zuleide Ranieri, falecida no ano passado, que tinha boa voz e bossa peculiar na transmissão de um jogo de futebol. Concorria à altura com as emissoras mais tradicionais da capital paulistana. Acompanhava inclusive times brasileiros quando jogavam no exterior. Uma de suas estrelas era Claudete Troiano, até hoje um rosto dos mais conhecidos na televisão. Foi da Gazeta por vários anos.” Uma mulher a mais no estádio, um palavrão a menos” era o bordão favorito de Zuleide.


Com a migração das AMs para a faixa das FMS, quem se arrisca por aqui em apostar na novidade? Por suas várias experiências já efetivadas, além de ter inegavelmente o melhor som entre todas as FMs de Belém, a Rauland poderia investir no projeto. Formando uma equipe através de concurso público. Poderia ter uma surpresa na empreitada. Quem sabe não há mulheres paraenses vocacionadas para essa nova função?

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