sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Bandeiras enroladas


Pouco mais de 24 horas da desclassificação do Paissandu na Copa do Brasil, em plena Curuzu, ainda que sendo escandalosamente “garfado” pelo árbitro em campo no tempo  normal do jogo, na cobrança das penalidades, o Papão repetiu o terceiro vexame consecutivo, sendo dois  em Belém. 

Pois é, no dia seguinte (ontem) foi a vez do Remo, bruscamente sofrer uma contundente e vexatória goleada para o Brusque, time do interior de Santa Catarina. A dupla paraense parece ser irmãos siameses. Um não se desgruda do outro. Tanto nos feitos, quanto nas frustrações que causam às suas imensas e apaixonadas torcidas.

O Papão conseguiu em três competições distintas, ser eliminados nas cobranças de penalidades máximas . Uma no final do ano passado no estádio dos Aflitos, no Recife. Valia a classificação para a série B nacional. Jogo no qual também  foi  abertamente prejudicado pela arbitragem. Mas nos pênaltis, entregou o ouro para o Timbu. Por ocasião da disputa da Copa Norte contra o Cuiabá, já neste ano, de novo, desperdiçou  a conquista do título na cobrança dos pênaltis. E foi até motivo de zoação nacional  nas redes socais pela batida quase grotesca do atacante Caique Oliveira. Antes de ontem, o Papão fez a mesma coisa jogando de novo em seu próprio estádio e o CRB passou a terceira fase da Copa do Brasil.

No jogo do Remo ontem contra o Brusque, já se sabia previamente que o time catarinense era superior ao Leão pela solidez de sua equipe como um todo. E da parte do Leão, que em cinco partidas pelo campeonato estadual, o técnico Rafael Jacques não convencera ninguém, ainda que o placar final sempre por 1 a 0 favorecesse seu time. À exceção do clássico contra o maior rival, quando o escore não refletiu o comportamento do time em campo. Perdeu com um pênalti duvidoso em favor do PSC,  mas o mais justo seria um empate.

Os que louvam o tirocínio imediato do presidente remista Flávio Bentes em saber preencher os “espaços vazios” quando dispensa um técnico, esquecem que quase sempre ele “carrega na mão”  ao contratar os substitutos dos demitidos. Foi assim com os quase anônimos Eudes Pedro e Marcinho no ano passado. E este ano repetiu a ansiedade em dose exagerada com o obscuro Rafael Jacques.

O presidente azulino tem se mostrado um bom gestor administrativamente. Mas um dirigente ineficaz quando se trata do futebol. As contratações de jogadores,  mais parecem atitudes de amador. Trazer de volta Douglas Packer, e contratar “craques” como Xavier, Robinho, Neguete e Lailson, entre outras “joias”,  compromete,  sem dúvida,  o sucesso de sua gestão no campo administrativo.

O açodamento só se justifica quando a substituição de um treinador  é feita por outro que tenha um currículo que seja razoável quanto ao conhecimento da torcida. Se não for assim, é preferível arriscar com um prata da casa que ao menos já conhece o estilo de cada jogador local.


  

2 comentários:

  1. Boa noite meu caro colega.
    Primeiramente quero te parabenizar pelo excelente trabalho em prool da memória do Rádio esportivo de Belém e do futebol paraense. Me chamo Talvane Lukatto,sou radialista e pesquisador do Rádio Brasileiro.

    Sou de São luis do Maranhão,sou dono de uma coleção de vários itens relacionado ao Rádio do Brasil,incluindo gravações de emissoras de Rádios de vários lugares do País.

    Gostaria de manter contato com você.

    Meu zap (98)-9-8606-2431

    Email: acervotalvanelukatto01@gmail.com

    Aguardo seu retorno

    Um forte abraço e saudações radiofônicas!!!

    ResponderExcluir
  2. Meu caro Talvane,

    Fico-lhe grato pelas palavras sobre meu blog. Sei do rádio esportivo maranhense através do livro "Show de Rádio", do seu confrade Carlos Alberto Lima Coelho. Aliás, no passado (anos 60/70), fui assíduo ouvinte das três principais emissoras de São Luís: Difusora, Timbira e Ribamar.

    Gostaria de saber se o amigo teria condições de me falar sobre Abias Almeida, que passou pelo rádio esportivo daí (provavelmente pela Ribamar) na década de 50, e depois veio para Belém atuar primeiramente na Rádio Clube e depois na Guajará. Ficaria bastante agradecido se conseguisse uma foto do mesmo.

    Ademais, se for possível, gostaria que entrasse em contato comigo através do Facebook, onde meu perfil está identificado como Expedito Leal.

    Abração.

    ResponderExcluir

Turma da Pça. Brasil

Foi a maior turma de bairros dos anos 60. Reuníamos mais de 50 integrantes que residiam nas redondezas da tradicional Praça Brasil. Em algu...