Jorge Carneiro só andava com uma
caderneta de anotações nas mãos. Preferencialmente, colhia assuntos de
interesse da Assembléia Paranse e do Pará Clube. Dois clubes de atividades
sociais intensas. Chegava a entrevistar pessoas ligadas aos dois clubes, mas que raramente eram publicadas.
Ele não pertencia a nenhum jornal ou
emissora de rádio. Mas tinha no sangue o dom do repórter .Era muito ligado ao
veterano jornalista Sérgio Noronha que sempre lhe dava brechas para suas
notícias no jornal em que estivesse atuando como editor.
Quando a Rádio Guajará pela segunda
vez (1980) montou uma equipe esportiva de efêmera duração, Carneiro era um dos
setoristas da nova turma comandada pelo saudoso José Simões.
Desde a década de 1970 até falecer de
infarto brusco em 2014, Carneiro se enturmava com o pessoal do rádio esportivo
e por isso mesmo era requisitado por qualquer emissora para fornecer material colhido aleatoriamente durante o
dia, embora fosse funcionário público municipal. Ele namorava com a notícia
desde cedo. E foi assim até morrer.
Na foto, Jorge Carneiro (camisa azul)
está com João Cunha (Rádio Clube) e Zaire Filho (RBA-canal 13). Reparem sua caderneta sobre a mesa e a caneta
no bolso. (2010)
João Cunha (esquerda), Zaire e Carneiro |
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