Oti Santos liga pra mim: “Preciso que
tu vás representar a Aclep no congresso da Abrace em Teresina”. Eu faço que não
entendo:” Aonde?” –indago com certa ironia.
O presidente da Aclep naquele
distante ano de 1994 justifica que não tem ninguém que possa cumprir a missão. E
não queria qeu a nossa entidade estivesse ausente do evento da Associação
Brasileira de Cronistas Esportivos
(Abrace). Na chefia, pela segunda vez, da procuradoria do Tribunal de Contas dos Municípios,
por conta e risco, resolvi encarar a
parada. E com um adendo: a passagem ofertada pela Abrace era só de ida...O
retorno seria de minha responsabilidade. E mais ainda: sem saber que o avião da
Vasp faria pernoite em São Luis, só chegaria em Teresina na tarde do outro
dia...No desembarque na capital timbira é que fui informado de que eu era um
dos passageiros que teria que descer . De madrugada, tive que ficar hospedado
em uma pousada mais em conta. No dia seguinte cheguei no inicio da tarde à capital piauiense. E logo na recepção do
Hotel Luxor, já fui informado de que todos os participantes do congresso
mudariam de hotel. Como de fato
aconteceu.
Não era a primeira e nem a segunda
vez que estava em Teresina. Mas a organização do evento foi elogiadíssima por
quantos participaram do encontro. Fidalguia até em excesso. Debates acalorados,
pois esses conclaves esportivos
midiáticos são dominados pela presença maciça de radialistas.
Jornalistas da mídia impressa são raros. Considerados até quase como “corpos estranhos”. Mas enturmando-se com
eles, a amizade flui espontaneamente.
No dia do encerramento, uma
sexta-feira pela manhã, eu me programei para ir a São Luis desfrutar da praia
do Calháu pois chegaria de avião por volta das 13h.A distancia entre as duas
capitais é “um pulo”.
Mal termino de fazer uma explanação
sobre a importância do XX congresso, eis que sou procurado por uma emissora de
televisão. Era a reportagem da TVE local que desejava entrevistar-me sobre
a influencia da mídia esportiva paraense
no sucesso do nosso futebol. Eu quis me
recusar pois estava de saída para o aeroporto afim de embarcar para São Luis. Não me contive,
porém diante da insistência dos
confrades da TV e fomos para uma biblioteca do hotel gravar uma longa entrevista que seria exibida
no domingo, segundo eles me informaram.
Um olho no relógio e outro na câmera, quando terminou a reportagem disparei em
um taxi para pegar o avião. Ainda deu tempo e pude desfrutar das praias de São
Luis até no domingo, quando retornei à
noite para Belém.
Com todos esses ‘transtornos” fiz grandes amizades que conheci no congresso
como o hilariante Garrincha e o Wolteres, este então presidente da entidade
congênere do Piauí, além do falecido Alfredo
Nunes, por muito tempo cartola mafrense de muito prestígio que era vice-presidente da CBF para
a região Norte-Nordeste.
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