terça-feira, 3 de dezembro de 2019

A força da mídia esportiva paraense




Oti Santos liga pra mim: “Preciso que tu vás representar a Aclep no congresso da Abrace em Teresina”. Eu faço que não entendo:” Aonde?” –indago com certa ironia.

O presidente da Aclep naquele distante ano de 1994 justifica que não tem ninguém que possa cumprir a missão. E não queria qeu a nossa entidade estivesse ausente do evento da Associação Brasileira  de Cronistas Esportivos (Abrace). Na chefia, pela segunda vez,  da procuradoria do Tribunal de Contas dos Municípios, por conta e  risco, resolvi encarar a parada. E com um adendo: a passagem ofertada pela Abrace era só de ida...O retorno seria de minha responsabilidade. E mais ainda: sem saber que o avião da Vasp faria pernoite em São Luis, só chegaria em Teresina na tarde do outro dia...No desembarque na capital timbira é que fui informado de que eu era um dos passageiros que teria que descer . De madrugada, tive que ficar hospedado em uma pousada mais em conta. No dia seguinte cheguei no inicio da tarde  à capital piauiense. E logo na recepção do Hotel Luxor, já fui informado de que todos os participantes do congresso mudariam de hotel. Como de  fato aconteceu.

Não era a primeira e nem a segunda vez que estava em Teresina. Mas a organização do evento foi elogiadíssima por quantos participaram do encontro. Fidalguia até em excesso. Debates acalorados, pois esses conclaves esportivos  midiáticos são dominados pela presença maciça de radialistas. Jornalistas da mídia impressa são raros. Considerados até quase como  “corpos estranhos”. Mas enturmando-se com eles, a amizade flui espontaneamente.

No dia do encerramento, uma sexta-feira pela manhã, eu me programei para ir a São Luis desfrutar da praia do Calháu pois chegaria de avião por volta das 13h.A distancia entre as duas capitais é “um pulo”.

Mal termino de fazer uma explanação sobre a importância do XX congresso, eis que sou procurado por uma emissora de televisão. Era a reportagem da TVE local que desejava entrevistar-me sobre a  influencia da mídia esportiva paraense no sucesso do nosso futebol.  Eu quis me recusar pois estava de saída para o aeroporto afim  de embarcar para São Luis. Não me contive, porém  diante da insistência dos confrades da TV e fomos para uma biblioteca do hotel  gravar uma longa entrevista que seria exibida no domingo,  segundo eles me informaram. Um olho no relógio e outro na câmera, quando terminou a reportagem disparei em um taxi para pegar o avião. Ainda deu tempo e pude desfrutar das praias de São Luis até no domingo,  quando retornei à noite para Belém.

Com todos esses ‘transtornos”  fiz grandes amizades que conheci no congresso como o hilariante Garrincha e o Wolteres, este então presidente da entidade congênere do Piauí,  além do falecido Alfredo Nunes, por muito tempo cartola mafrense de muito  prestígio que era vice-presidente da CBF para a região Norte-Nordeste. 

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