A voz “aveludada” de Eduardo Tavares,
agradável de seu ouvir, ganhava, porém, um timbre dinâmico nas informações do Plantão
Esportivo da Rádio Clube.
Ele foi o substituto de José Maria
Nobre Gonçalves, outro monstro sagrado da equipe chefiada pelo mítico Edyr Proença e cuja voz
contrastava com a de Edu, por ser de timbre forte, embora de tom atraente.
Ambos, porém, com a mesma dinâmica nas informações sobre os resultados dos jogos no
pais e no exterior. Edu pegou o inicio
da Loteria Esportiva, quando os
plantonistas passam a ter expressiva participação durante as transmissões do
futebol. Com os ouvintes acompanhando com a máxima atenção as informações sobre
os jogos que integravam a loteca semanal.
Por mais de uma década, depois de
surgir na Guajará em 1965, Edu além de
informante foi também o redator e seguro apresentador do programa As primeiras
do Esporte, às 13h. Com dicção clara que complementava a bela voz, sabia
“segurar” com improviso acurado e verbalmente correto, qualquer interrupção de
uma partida. Ficava no ar sozinho sabendo se expressar ao imaginar situações que prendessem o ouvinte até o
restabelecimento normal do jogo. Em Belém ou na retransmissão por outra
emissora de fora do estado. Tudo transcorria normal, apoiado é claro, pelos rádio-escutas do
Plantão. Naquele tempo pré-internet formado por Bellar Pereira (já falecido), Elder
Bino, Flávio Moreira e Pedro Hamilton
Nery.
Estudante de Medicina, depois que formou-se
em meados dos anos 1970, Edu passou a exercer a profissão de médico em vários
municípios do interior até se aposentar.
Esta foto é do ano em que faleceu
(2010) quando pela última vez esteve na sede campestre da nossa Associação dos
Cronistas e Locutores Esportivos do Pará
(ACLEP) levado por mim que o conhecia desde a Praça Brasil onde residíamos nas
imediações.
Edu Tavares em sua última visita à sede da ACLEP (2010) |
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