Pouco mais
de 24 horas da desclassificação do Paissandu na Copa do Brasil, em plena
Curuzu, ainda que sendo escandalosamente “garfado” pelo árbitro em campo no
tempo normal do jogo, na cobrança das
penalidades, o Papão repetiu o terceiro vexame consecutivo, sendo dois em Belém.
Pois é, no dia seguinte (ontem) foi
a vez do Remo, bruscamente sofrer uma contundente e vexatória goleada para o
Brusque, time do interior de Santa Catarina. A dupla paraense parece ser irmãos
siameses. Um não se desgruda do outro. Tanto nos feitos, quanto nas frustrações
que causam às suas imensas e apaixonadas torcidas.
O Papão
conseguiu em três competições distintas, ser eliminados nas cobranças de
penalidades máximas . Uma no final do ano passado no estádio dos Aflitos, no
Recife. Valia a classificação para a série B nacional. Jogo no qual também foi
abertamente prejudicado pela arbitragem. Mas nos pênaltis, entregou o
ouro para o Timbu. Por ocasião da disputa da Copa Norte contra o Cuiabá, já
neste ano, de novo, desperdiçou a
conquista do título na cobrança dos pênaltis. E foi até motivo de zoação
nacional nas redes socais pela batida quase
grotesca do atacante Caique Oliveira. Antes de ontem, o Papão fez a mesma coisa
jogando de novo em seu próprio estádio e o CRB passou a terceira fase da Copa
do Brasil.
No jogo do
Remo ontem contra o Brusque, já se sabia previamente que o time catarinense era
superior ao Leão pela solidez de sua equipe como um todo. E da parte do Leão,
que em cinco partidas pelo campeonato estadual, o técnico Rafael Jacques não
convencera ninguém, ainda que o placar final sempre por 1 a 0 favorecesse seu
time. À exceção do clássico contra o maior rival, quando o escore não refletiu
o comportamento do time em campo. Perdeu com um pênalti duvidoso em favor do
PSC, mas o mais justo seria um empate.
Os que
louvam o tirocínio imediato do
presidente remista Flávio Bentes em saber preencher os “espaços vazios” quando
dispensa um técnico, esquecem que quase sempre ele “carrega na mão” ao contratar os substitutos dos demitidos.
Foi assim com os quase anônimos Eudes Pedro e Marcinho no ano passado. E este ano repetiu a ansiedade em dose exagerada
com o obscuro Rafael Jacques.
O presidente
azulino tem se mostrado um bom gestor administrativamente. Mas um dirigente ineficaz quando se trata do futebol. As contratações de jogadores, mais parecem atitudes de amador. Trazer de
volta Douglas Packer, e contratar “craques” como Xavier, Robinho, Neguete e
Lailson, entre outras “joias”, compromete,
sem dúvida, o sucesso de sua gestão
no campo administrativo.
O açodamento
só se justifica quando a substituição de um treinador é feita por outro que tenha um currículo que
seja razoável quanto ao conhecimento da torcida. Se não for assim, é preferível
arriscar com um prata da casa que ao menos já conhece o estilo de cada jogador local.