terça-feira, 20 de agosto de 2019

Quarenta e...



Por quase duas décadas a encantar o futebol paraense e jogando esse longo tempo (18 anos) por um só clube, o seu glorioso Paissandu, o mignon meia-armador Quarenta (alguns preferem chama-lo até hoje  de Quarentinha,  pela baixa  estatura e o físico franzino) teve um monte de companheiros ( médios-volantes) no meio de campo bicolor.

Um deles, revelação da equipe juvenil do Papão, formou dupla com o Craque do Século por muito tempo na década de 1960 e inicio dos anos 70. Beto era esplêndido no desarme do adversário e  seguido no lance pelo passe açucarado  a algum de seus companheiros. Ou entregando a bola para Quarenta distribui-la em campo da maneira que achasse melhor em função de todo o time. No inicio da carreira no PSC, Quarenta  teve em Pau Preto que já jogava a alguns anos no time bicolor, o primeiro  companheiro do vai-e-vem do sistema 4-2-4 que era o mais empregado pelos técnicos daquela época. Depois formou dupla com Mangaba que veio do Sport para o Remo mas preferiu se deixar  marcar pela bebida e pelas farras. Ao se transferir para a Curuzú, encontrou o Paulo Benedito Braga dos Santos, com meio caminho andado,  mas com muita bola ainda  por jogar. Formaram um dueto de alta técnica. Mangaba era alto, sabia proteger a bola correndo com ela nos pés e duplicou o fôlego com a camisa azul e branca. Deu um tempo ao copo. Antes do Beto, Quarenta ainda teria outro companheiro na meiuca bicolor também revelado na divisão de base (juvenil) da Curuzu. Zé Luiz, o magricela e baixinho volante que depois foi para o Remo,  se entendia com seu meia-esquerda como se fosse por  telepatia.

Outro cracaço vindo do time de aspirantes do Fluminense, Oberdan,  ainda que por apenas um ano (1966) teria oportunidade de jogar com o magistral meia bicolor. No ano seguinte, teve seu passe adquirido pelo Remo,  onde, entretanto,  não repetiu a mesma performance mostrada no Papão. E retornou ao Rio.
 
E finalmente, em vésperas de pendurar as chuteiras, Quarenta ainda jogaria com o volante carioca Willy que veio do Vasco. Ele era  dinâmico em campo. Tanto  na troca de  passes,  além de exímio driblador e marcador.  

Na foto acima, Quarenta e Beto, que são meus amigos e sempre souberam de minha preferência clubística aberta pelo Remo, prestigiaram a festa de lançamento de meu livro RE-PA –Rivalidade Gloriosa, na sede do Pará Clube em 2013.

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