Por quase duas décadas a encantar o
futebol paraense e jogando esse longo tempo (18 anos) por um só clube, o seu
glorioso Paissandu, o mignon meia-armador Quarenta (alguns preferem chama-lo
até hoje de Quarentinha, pela baixa estatura e o físico franzino) teve um monte de
companheiros ( médios-volantes) no meio de campo bicolor.
Um deles, revelação da equipe juvenil
do Papão, formou dupla com o Craque do Século por muito tempo na década de 1960
e inicio dos anos 70. Beto era esplêndido no desarme do adversário e seguido no lance pelo passe açucarado a algum de seus companheiros. Ou entregando a
bola para Quarenta distribui-la em campo da maneira que achasse melhor em
função de todo o time. No inicio da carreira no PSC, Quarenta teve em Pau Preto que já jogava a alguns anos
no time bicolor, o primeiro companheiro
do vai-e-vem do sistema 4-2-4 que era o mais empregado pelos técnicos daquela
época. Depois formou dupla com Mangaba que veio do Sport para o Remo mas
preferiu se deixar marcar pela bebida e
pelas farras. Ao se transferir para a Curuzú, encontrou o Paulo Benedito Braga
dos Santos, com meio caminho andado, mas
com muita bola ainda por jogar. Formaram
um dueto de alta técnica. Mangaba era alto, sabia proteger a bola correndo com
ela nos pés e duplicou o fôlego com a camisa azul e branca. Deu um tempo ao
copo. Antes do Beto, Quarenta ainda teria outro companheiro na meiuca bicolor
também revelado na divisão de base (juvenil) da Curuzu. Zé Luiz, o magricela e
baixinho volante que depois foi para o Remo, se entendia com seu meia-esquerda como se
fosse por telepatia.
Outro cracaço vindo do time de
aspirantes do Fluminense, Oberdan, ainda
que por apenas um ano (1966) teria oportunidade de jogar com o magistral meia
bicolor. No ano seguinte, teve seu passe adquirido pelo Remo, onde, entretanto, não repetiu a mesma performance mostrada no
Papão. E retornou ao Rio.
E finalmente, em vésperas de pendurar
as chuteiras, Quarenta ainda jogaria com o volante carioca Willy que veio do
Vasco. Ele era dinâmico em campo.
Tanto na troca de passes,
além de exímio driblador e marcador.
Na foto acima, Quarenta e Beto, que são
meus amigos e sempre souberam de minha preferência clubística aberta pelo Remo,
prestigiaram a festa de lançamento de meu livro RE-PA –Rivalidade Gloriosa, na
sede do Pará Clube em 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário