sábado, 6 de janeiro de 2018

Peladão Eterno

Sérgio Noronha

O Peladão era uma festa na cidade nos finais de semana.
Não é exagero nem super valorizar o campeonato paraense de peladas, dos anos 70, conhecido como Peladão. Aos sábados à tarde, imbatível, concorria em movimentação até mesmo com os clássicos Re-Pas (sem exageros, repito), transformando a cidade num assunto só: a partir das 13 horas, almoço apressado, o Peladão tomava conta da cidade e da região metropolitana, onde ficavam muitos campos de pelada.

O Peladão, promovido pelo Jornal A Província do Pará, rolou a partir do final da década de 60, ainda com o saudoso Moacir Calandrini (Mestre Calá), depois em 1972 foi coordenado pelo jornalista Sérgio Noronha para, finalmente, com a saída do Noronha de A Província, assumiu o comando o jornalista Antonio José, que também assumiria a editoria de esportes do Jornal.

O Peladão era tão levado a sério e disputado que começava pela qualidade da Coordenação formada por homens da maior expressão na Sociedade, como os juízes Carlos Samico de Oliveira e Jair Albano Loureiro, além de empresários como Arthur Tavares, Albeniz Leite, Orlando Pinto, Milton Cunha, Bianor Soares, Carlos Astrogildo e o também eterno João Addario.

No meio desta plêiade, outros nomes enriqueciam o Peladão, entre outros Edmilton Sampaio (3 Corações), Claudionor Vieira (Tricordiano), Fuzuê (Addario), Primavera da Pedreira, que também foi campeão (II edição); Pará Clube, o primeiro campeão da competição, Clube dos Trinta, Clube dos Dentistas, Iluminadora e muitos outros. O Peladão ainda foi disputado até o início dos anos 80, mas ainda hoje, com ampla renovação, movimenta milhares de desportistas aos sábados à tarde.

Muitos foram os craques do profissional que, ao encerrar a carreira, disputavam o Peladão, entre eles o Quarentinha, Rubilota, Zamba, Mauricio, Ailso, Bira e muitos outros. 

Época áurea do futebol pelada até hoje assunto de recordações e conversas. Daí servir de tema para o Memorial.

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