sábado, 20 de janeiro de 2018

Edino Cardoso (Balão) em 1998 (à esquerda), Bosco (à direita) jogava um bolão na Tuna.
Balão jogava um bolão

Chegou ao estádio de terno e gravata. Viera de um evento social. Perguntou pelo placar do jogo. Quando soube que o seu São Francisco perdia para o América por três a zero, foi para o vestiário, trocou de roupa e entrou com a camisa azulina no segundo tempo. Fez os três gols do empate.

Ele foi considerado o maior craque santareno à época do futebol amador. Surgiu na segunda metade da década de 1930 aos 16 anos, e jogou até princípios dos anos 50.

Era idolatrado pela torcida do Leão mocorongo. De outra feita, revirou um escore de 1 a zero em favor do São Raimundo para 7 a 1. Foi o artilheiro solo da goleada.

Além de ser um craque. ele gostava de ler bons autores, especialmente os clássicos da literatura universal: Platão, Marx, Alexandre Dumas, Emile Zola e Voltaire; os brasileiros Euclides da Cunha e José de Alencar, também foram citados por ele na entrevista. 

Balão era pai de Bosco meia armador que jogou na Tuna no começo década de 70 do século passado. Pela bola do filho pode-se avaliar o bolão do pai. O temperamento rebelde de Bosquinho, porém, atrapalhava às vezes sua destacada trajetória profissional. Chegou a disputar por empréstimo a Primeira Divisão pelo Paissandu em 1973 além de atuar pelo Fast de Manaus quase ao final da carreira em 1979, E mostrou competência quando foi técnico do Bragantino em 2002. Integrou por vários anos a comissão técnica da base da Tuna, mas depois desligou-se do futebol. 

Balão é um dos destaques do livro Memórias de um ex- árbitro de futebol, escrito em 1998 pelo gaúcho Estemir Vilhena da Silva, que por muitos anos residiu em Santarém.

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