quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Frustrações azulinas


Um time de massa como o Remo, um dos maiores do Brasil, não pode sofrer seguidas frustrações por parte de sua apaixonada e grandiosa torcida. Como vem acontecendo nos últimos tempos. Ainda que se explore politicamente a decadência administrativa do clube –o que é um fato – ladeira abaixo na última década. E com diretorias que passaram pelo Leão Azul quase o levando ao caos financeiro. Faz parte do futebol em clubes pujantes de aficionados. 


Só não dá para apelar ao reducionismo em circunstancias como recentemente aconteceu em menos de um mês, com a não conseguida classificação à série B nacional e no último domingo (06) com a eliminação da Copa Verde. Torneio, aliás, que já proporcionou à galera azulina as maiores decepções desde a primitiva Copa Norte em 1997 quando tinha tudo para ser o campeão em Belém. Perdeu para o modesto Rio Branco dentro do Mangueirão. Mas o maior vexame viria em 2015 quando depois de vencer a primeira partida das finais em Belém por 4 a 1, conseguiu ser superado pelo Cuiabá na capital mato-grossense por 5 a 1.Quase inacreditável!

Este ano, depois de arrancar na Terceira Divisão com folga de pontos na tabela, na última partida da competição foi eliminado por uma combinação de resultados desfavorável a si. Embora tenha abusado do desperdício de pontos quando empatou em Belém, contra o Luverdense na reabertura do Baenão e foi derrotado pela Tombense no Mangueirão. Quatro pontos que lhe garantiriam a passagem direta para a Série B, sem depender de ninguém na última partida contra seu maior rival e empatou o jogo.

Após essa traumática desclassificação, a reta final da Copa Verde ainda por jogar, concentrou a atenção da ardorosa galera azulina na possível conquista pela primeira vez do torneio regional. Precipitadamente ou talvez para amainar a frustração do acontecido na Terceira Divisão, o presidente Fábio Bentes contratou por “ouvir dizer” o anônimo   técnico Eudes Pedro, apena porque fora “bem recomendado” por Cuca e Abel Braga. E daí? Ele nunca treinara qualquer equipe. Sempre foi auxiliar-técnico. Desconhece o futebol nortista e pincipalmente uma decisão de Re-Pa. No domingo que passou, quase que repetindo a partida anterior de uma semana atrás, o time remista voltou a apresentar os mesmos erros de escalação e de sistema tático. Perdia por 1 a 0 até aos 40 minutos da fase final e aos trancos e barrancos incentivado pelo Fenômeno Azul, conseguiu o milagroso gol de empate que levaria a decisão para as penalidades máximas. Pois o Remo ainda se aventurou nos acréscimos da partida a vencer o jogo. Perdeu por 3 a 1. E deixou perplexa mais uma vez sua apaixonada torcida.

Quando todos clamam pela saída imediata do obscuro treinador, que ainda demonstra a apatia própria dos desmotivados fora do gramado, a diretoria azulina ainda discute a possibilidade de substitui-lo ou não. E anuncia também a perspectiva da contratação de um novo diretor-executivo de futebol. Pra que? O último deles, foi um desastre em termos de contratações de jogadores. Tanto que foi dispensado logo após a eliminação da Série C.
Com impressionante reducionismo da situação, o presidente remista se limita em citar a reabertura do estádio Evandro Almeida após cinco anos desativado e que se traduz, sem dúvidas em grande feito de sua administração, ainda que com o entusiasmo publicitário da grande galera azulina que aderiu em massa ao projeto comprando ingressos caros antecipados e a prometida iluminação do Baenão para o mais breve possível. Embora dentro de campo o time só   continue a aprontar afronta à sua imensa torcida.

Até quando?

Eudes: anônimo e apático

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