Um time de massa como o Remo, um dos
maiores do Brasil, não pode sofrer seguidas frustrações por parte de sua
apaixonada e grandiosa torcida. Como vem acontecendo nos últimos tempos. Ainda que
se explore politicamente a decadência administrativa do clube –o que é um fato –
ladeira abaixo na última década. E com diretorias que passaram pelo Leão Azul
quase o levando ao caos financeiro. Faz parte do futebol em clubes pujantes de aficionados.
Só não dá para apelar ao reducionismo em circunstancias como recentemente
aconteceu em menos de um mês, com a não conseguida classificação à série B
nacional e no último domingo (06) com a eliminação da Copa Verde. Torneio,
aliás, que já proporcionou à galera azulina as maiores decepções desde a
primitiva Copa Norte em 1997 quando tinha tudo para ser o campeão em Belém. Perdeu
para o modesto Rio Branco dentro do Mangueirão. Mas o maior vexame viria em
2015 quando depois de vencer a primeira partida das finais em Belém por 4 a 1,
conseguiu ser superado pelo Cuiabá na capital mato-grossense por 5 a 1.Quase
inacreditável!
Este ano, depois de arrancar na
Terceira Divisão com folga de pontos na tabela, na última partida da competição
foi eliminado por uma combinação de resultados desfavorável a si. Embora tenha
abusado do desperdício de pontos quando empatou em Belém, contra o Luverdense na
reabertura do Baenão e foi derrotado pela Tombense no Mangueirão. Quatro pontos
que lhe garantiriam a passagem direta para a Série B, sem depender de ninguém na
última partida contra seu maior rival e empatou o jogo.
Após essa traumática desclassificação,
a reta final da Copa Verde ainda por jogar, concentrou a atenção da ardorosa galera
azulina na possível conquista pela primeira vez do torneio regional. Precipitadamente
ou talvez para amainar a frustração do acontecido na Terceira Divisão, o
presidente Fábio Bentes contratou por “ouvir dizer” o anônimo técnico
Eudes Pedro, apena porque fora “bem recomendado” por Cuca e Abel Braga. E daí? Ele
nunca treinara qualquer equipe. Sempre foi auxiliar-técnico. Desconhece o
futebol nortista e pincipalmente uma decisão de Re-Pa. No domingo que passou,
quase que repetindo a partida anterior de uma semana atrás, o time remista
voltou a apresentar os mesmos erros de escalação e de sistema tático. Perdia
por 1 a 0 até aos 40 minutos da fase final e aos trancos e barrancos incentivado
pelo Fenômeno Azul, conseguiu o milagroso gol de empate que levaria a decisão
para as penalidades máximas. Pois o Remo ainda se aventurou nos acréscimos da
partida a vencer o jogo. Perdeu por 3 a 1. E deixou perplexa mais uma vez sua apaixonada
torcida.
Quando todos clamam pela saída imediata
do obscuro treinador, que ainda demonstra a apatia própria dos desmotivados fora
do gramado, a diretoria azulina ainda discute a possibilidade de substitui-lo ou
não. E anuncia também a perspectiva da contratação de um novo diretor-executivo
de futebol. Pra que? O último deles, foi um desastre em termos de contratações
de jogadores. Tanto que foi dispensado logo após a eliminação da Série C.
Com impressionante reducionismo da
situação, o presidente remista se limita em citar a reabertura do estádio Evandro
Almeida após cinco anos desativado e que se traduz, sem dúvidas em grande feito
de sua administração, ainda que com o entusiasmo publicitário da grande galera
azulina que aderiu em massa ao projeto comprando ingressos caros antecipados e
a prometida iluminação do Baenão para o mais breve possível. Embora dentro de
campo o time só continue a aprontar afronta à sua imensa
torcida.
Até quando?
Eudes: anônimo e apático |
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