Os arautos do caos nacional preconizavam que a pátria brasileira nesta Copa do Mundo penduraria as chuteiras. O “desanimo” com os novos rumos do país chegaria ao cume com a apatia do povo pelo escrete canarinho. O Brasil que usou as cores verde e amarela nas gigantescas manifestações de rua de 2013 desprezaria nossa Seleção no torneio realizado este ano na Rússia. Seria uma forma de protesto pelo que se esperava de melhor e não aconteceu. O futebol é uma paixão brasileira inserido em nossa cultura popular, tal como é o carnaval. Por isso mesmo, nem durante a ditadura militar houve antipatia ao time que nos representou em 1970 no México e trouxe o caneco do TRI. Foi a fase mais dura do regime dos generais. Contam os livros sobre nossa história naquele período sombrio, que até os que se atiraram à luta armada como forma de enfrentamento ao regime, também torceram pelo nosso sucesso. Na cadeia ou fora dela.
É verdade que a nossa credibilidade futebolística foi duramente abalada naquela trágica e até hoje polemica goleada de 7 a 1 sofrida diante da Alemanha. E pior ainda por ter sido um “feito” que superou a “extraordinária” derrocada de 1950, o patético Maracanazo. A Copa de 2014 tal como a de 1950 é para ser esquecida, e sepultada a ideia de tão cedo o Brasil chancelar uma outra competição equivalente.
Mesmo sendo prematuro conjecturar sobre uma presumível aclamação nacional pelo Hexa com o qual sonhamos, é inegável que a Seleção continua com seu prestígio popular inabalável. As ruas, residências, bares e logradouros públicos e agora sobretudo as redes sociais têm mostrado isso. Já avançamos às quartas-de-final. E vamos enfrentar nesta sexta-feira a Bélica com certo favoritismo.
Ninguém descalça as chuteiras do Brasil. Nosso futebol considerado como um grande patrimônio nacional gostem ou não os ressentidos políticos. No ranking l mundial continuamos sendo o país de maior número de títulos em termos de Copa do Mundo. Uma glória, sem dúvida. Nossos graves problemas sociais não têm como agravantes e nem são alienantes, o futebol e o carnaval. Isso é demagogia de tempos remotos. Hoje, o povo despertou. E sabe decidir o seu destino. A eleição que está chegando vai mostrar isso.
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