sábado, 7 de abril de 2018

Os pequenos (grandes) times do passado (5)


Sport Clube Belém –  “Brasinha” ou “Dragão da Maracangalha”

Em 1965 um grupo de oficiais da Aeronáutica resolveu fundar um time de futebol. A maioria servia à corporação militar na Base Aérea de Belém. No inicio era apenas uma equipe amadora. Dois anos depois, com a chegada do coronel Rodopiano Barbalho. que seria o novo comandante da Base Aérea e sendo eleito o novo presidente do clube rubro-negro, foi materializada a ideia de inscrever o clube para disputar o Campeonato Paraense da Primeira Divisão. Logo, o clube se tornaria profissional. Segundo dizem, o coronel Rodopiano teria obtido a adesão entre os de menor patente –soldados, cabos e sargentos – para desconto em folha de pagamento de quantias que pudessem manter um bom time. Evidente que as cotas se equivaleriam à graduação e soldos de cada qual.

Nessa época, o futebol paraense era comandado pela então Federação Paraense de Desportos, a antiga FPD, que englobava todos osesportes, inclusive o futebol. Mas por todo o país começava um movimento para que uma só entidade cuidasse do futebol profissional especificamente em cada estado. E foi o qeu aconteceu em Belém em 1969. Rodopiano foi eleito o primeiro presidente da nova Federação Paraense de Futebol (FPF). Mas sem se descuidar do Sport Belém. E tanto é assim que em 1970, o “Brasinha” (apelido que pra variar, lhe foi dado por Mestre Calá, o mais conhecido cronista da mídia impressa de Belém) formaria um timaço a começar pelo excelente goleiro Dico, vindo do futebol de Brasilia juntamente com Roberto Diabo Louro( morto há poucos dias) e Luizinho, ambos atacantes. Além deles, o zagueiro China que foi do Remo e o maranhense Chico, médio volante. O Sport era considerado com inteira justiça o quarto time paraense. 

Quando o coronel Rodopiano deixou Belém, o time da Base Aérea sentiu muito a falta de seu entusiasmo, o auxilio financeiro que recebia de parte da corporação e foi disputando o campeonato de profissionais mais à base do que se conseguia arranjar em termos de jogadores. Principalmente de craques veteranos que já tivessem jogado no Remo, Paissandu e Tuna. Com altos e baixos, desde aquele tempo remoto, tem se mantido ausente, porém, nos últimos anos, quer por não conseguir subir da Segundinha, ou por falta de suporte financeiro. 

O Sport participou de duas competições nacionais: a série “B” dos anos de 1971 e 1986.

Juntamente com a Tuna, a dupla Re-Pa sente falta de suas presenças, pois são dois times da capital que enfrentam oito clubes do interior, quase todos eles de bom nível técnico. Basta dizer que duas dessas equipes já foram campeãs paraenses: o Independente de Tucurui em 2011 e o Cametá em 2012. 

O Sport com Vila Nova goleiro que foi do Moto e do Remo, e o zagueiro China (em cima). (1970)


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