sábado, 7 de abril de 2018

Os bragantinos bons de microfone

Cláudio, Jorge Luiz, Celson e Cecim.
O primeiro narrador vindo de uma rádio do interior e com rápida ascensão na capital, indiscutivelmente foi Cláudio Guimarães. Embora com rápida passagem pela extinta Guajará que naquele tempo tinha uma equipe que se apoiava quase só em Jayme Bastos, logo o locutor bragantino estava de mudança para a Clube. Onde já encontrou o acreano Jair Gouveia em quem o mítico Edyr Proença visse, talvez, o seu substituto após quase 20 anos como titular absoluto da antiga PRC-5. Edyr estava quase pendurando as chuteiras. Cláudio, passou então a dividir com Jair Gouveia a narração da maioria das partidas. Era no começo dos anos de 1960. 

Quando a Liberal resolve montar uma equipe qualificada em 1970 para concorrer com a Clube e a Marajoara, Cláudio foi um dos nomes de maior destaque ao lado de Jayme Bastos, Grimoaldo Soares, Luiz Solheiro, Carlos Cidon e Guilherme Pinho. Mas sem demora estava de retorno à Clube em 1973. Regressaria à Liberal em 88 e depois ainda passaria pela Rauland-FM em 1992. A Rádio Educadora de Bragança, fundada em 1962, quase vinte anos depois, revelaria outro bom narrador para o rádio esportivo de Belém. Jorge Luiz chegava em 1982 para a Rádio Marajoara e ficaria na ex-emissora “associada” por longo período até se transferir para a Liberal em 1992. Retornou depois à Marajoara e encontra-se há seis anos à frente do time da Metropolitana-FM. 

Em meados dos anos de 2000, Miguel Cecim, vindo da outra emissora da “Pérola do Caeté”, a Pérola-FM, irrompeu como um furacão através da Marajoara. Com timbre de voz agudo e locução veloz na descrição dos lances, ele logo se faria notar na equipe dos Titulares do Esporte. Da mesma maneira inesperada como surgiu, desapareceu do microfone esportivo de Belém. Preferiu retornar à sua cidade natal. 

Um outro nome até certo ponto enigmático pelo sucesso que consegue no rádio bragantino, é o de Celso Leite, mas que nas duas vezes em que esteve em Belém, não reeditou sua performance tanto na Marajoara quanto na Liberal. É preparado, tem bom improviso, voz agradável, e o estilo muito parecido com o de José Carlos Araújo. Já foi inclusive prefeito de Bragança, mas sem concluir o mandato. 
Geo, Jucivaldo, Carlos Ferreira e Ferreira Neto 
CASTANHAL -Para não perder a viagem e por estar situado na mesma região de Bragança (nordeste) o rádio do município de Castanhal também já revelou nomes que se firmaram na capital. Entre eles, o de maior expressão pelo sucesso vertiginoso que alcançou quando passou a integrar o Timão da Clube: Géo Araujo, falecido no inicio deste ano, embora tendo iniciado na Educadora bragantina, não era locutor esportivo. Quando foi para a Modelo de Castanhal, passou a integrar a reduzida equipe comandada por Jayme Bastos, um dos sócios da emissora FM do “Município Modelo”. E depois viria para Belém passando pela Cultura e Marajoara e ainda pela Maguary, antes de se transferir para a Clube. Onde, sem dúvida transformou-se em um narrador dos mais festejados. Era o “caixeiro- viajante” da Poderosa. Narrava jogos fora de Belém com muita frequencia. E ainda criaria bordões que passariam a ecoar na boca do povo. A começar de seu próprio slogan: “Eu sou o pequenininho mais gostoso do Brasil”. Era baixinho. Outro nome vindo do rádio esportivo castanhalense (antes de Géo Araujo, na década de 1970) é o de Jucivaldo Nascimento, atual diretor da Rádio Paraense-AM, e que durante algum tempo foi o coordenador da equipe da Marajoara. O compenetrado Carlos Ferreira, começou como rádio-escuta no Plantão da Marajoara e hoje é um dos nomes de realce como apresentador na Rádio e TV Liberal, depois de passar pela Clube (comentarista) e pela RBA- canal 13 (debatedor). Além deles, o competente e ativo repórter Ferreira Neto, que foi da Liberal no inicio dos anos 2000. 

Castanhal possui três emissoras : Liberal –AM (ex-Rauland), Modelo-FM e Paraense-AM.

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