sábado, 3 de fevereiro de 2018

Síndrome do Fracasso


Há um indisfarçável clima de inquietude no Remo. A vitória em cima da hora sobre o Paissandu, no último domingo (28/03) serviu para dar fôlego ao grupo que dirige o futebol azulino: Milton Campos e Miléo Junior, à frente de alguns abnegados. O triunfo no Re-Pa foi como se o início de uma nova era se abrisse para alavancar uma equipe que ainda não convencera a grandiosa e apaixonada torcida remista. A estreia desastrosa no campeonato estadual com derrota para o Independente em Tucurui, além da sofrida vitória sobre o Águia no Mangueirão, deixaram os dirigentes apreensivos quantos às numerosas contratações de jogadores feitas este ano. Quase todas de fora do estado e por indicação e responsabilidade quase que exclusiva do treinador Ney da Mata. 

Para complicar ainda mais, as declarações insidiosas do presidente do clube, Manoel Ribeiro, às vésperas do Re-Pa com critica aberta à atuação do time nos dois primeiros jogos do campeonato. Ao seu estilo rancoroso quando é contrariado em seus interesses pessoais, Manoel Ribeiro cobra caro as concessões a que teve que se submeter para dar autonomia ao departamento de futebol. E, por isso mesmo, é muito tênue a linha que separa o rompimento entre ele e os integrantes do setor do futebol profissional, com provocações que objetivam a esse fim, por parte dele.

A derrota na quarta-feira para o Manaus pela Copa Verde por 2 a zero foi como uma ducha fria inesperada para que um panorama sombrio se abatesse sobre o Baenão. Nesta próxima quarta-feira (07) o time volta a campo para enfrentar o desconhecido Atlético Itapemirim, no interior do Espírito Santo. É a única partida pela primeira fase da Copa do Brasil. O Remo desfruta do empate. Mas a equipe pelo último resultado não oferece a mínima confiança aos seus torcedores. E a síndrome do fracasso antecipado, numa autentica xerox do que aconteceu no ano passado, quando foi eliminado logo das duas competições nacionais, já provoca um princípio de pânico aos que sonham em fazer o Leão Azul ser um clube organizado. Adequado aos novos tempos do futebol. Que passa muito longe do retrógado presidente azulino.

O técnico Ney da Mata parece já não ser a pessoa ideal para se identificar com o novo projeto do futebol remista. Não consegue dar à equipe uma sequência técnica linear. Terá uma missão das mais árduas nos próximos jogos pela Copa do Brasil e no jogo de volta da Copa Verde em Belém. Nem tudo está perdido. Mas perpassa essa impressão aos que encaram o futebol com realismo, o que em parte contraria a sua essência incoerente.

Resta apenas aguardar o futuro do Leão, nesse início de temporada.

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