quarta-feira, 30 de junho de 2021

A “cascuda” série B

Após quase 15 anos ausente da série B, o Remo ao retornar este ano à Segunda Divisão nacional, parece que estranhou muito essa competição. Que de uns anos para os dias de hoje, mudou substancialmente  quanto ao nível dos participantes.


Hoje, quase todos os times estão  nivelados tecnicamente. Entre  os participantes da competição deste ano, equipes que já foram donas de títulos nacionais da Primeira Divisão: Cruzeiro, Vasco, Botafogo, Coritiba e incluso o Goiás,  de grandes façanhas em campeonatos dessa envergadura. Times que já visitaram a Segundona como Grêmio e Palmeiras, quase que passearam na competição e logo voltaram à Série A. Era notória a discrepância desses times sobre os demais. Agora, isso acabou. Para ganhar de qualquer equipe do Nordeste, seja fora ou dentro de seus domínios, os “medalhões” têm que suar em campo. Mostrar bom futebol, senão, estão “lascados”.


O Remo talvez tenha apostado apenas no sucesso do técnico Bonamigo que fez o time voltar após longo calvário pela “C”, “D” e, em alguns anos, por série   nenhuma. Uma autêntica humilhação para um clube grandioso, dono de uma das maiores torcidas do futebol brasileiro. Mas não existe treinador que faça milagres com um elenco onde a maioria dos jogadores beire à faixa da mediocridade técnica. É mais do que evidente que bons jogadores custam caro em termos salariais. O mercado da Segundona passou a ser assim. Há demanda, a qualidade técnica dita essa norma financeira.


O presidente azulino Fábio  Bentes, parece que foi surpreendido pela subida de divisão. E creditou mérito quase absoluto ao seu  treinador, por ficar com o vice campeonato da série C. Mesmo que no campeonato estadual, com a credencial de favorito ao título, o Remo não tenha chegado às finais da competição. Foi atropelado inesperadamente pela Tuna.


Agora, só resta contratar um técnico. Que venha para acertar. O regulamento da CBF só permite dois treinadores em um mesmo campeonato. E o elenco? Se ele vai ter que “se virar” com” é  o que tem pra hoje”, é preferível acreditar no Netão. E seja lá o que Deus quiser. Com ou sem o Carius... 



Bonamigo: o fim de um trabalho reconhecido pela torcida (Reprodução: Romanews)


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