Da turma do rádio esportivo no passado (anos 1970 em diante), eu não tinha intimidade com Gilson Faria que faleceu ontem (19/6). Só nos conhecíamos.
Ele começou por volta de 1978 no Plantão da Clube onde chegou a ser o informante por breve tempo. , Possuía boa voz e dicção clara. Sem tanta demora, porém, foi para Teresina atuar na Rádio Clube piauiense e com pouco tempo, já começou a narrar o futebol. Demorou por lá alguns anos e retornou a Belém agora na Rádio Marajoara (1986) narrando o futebol , na mesma época, em que Mário Sales também passa a narrar pela ex-emissora "Associada". Comandava ainda o programa de variedades "Show da Cidade" no início da manhã até às 9 horas. Naquele tempo (1988) a Marajoara e a Liberal disputavam renhidamente a audiência esportiva. A Clube estava em fase de "quarentena" com uma equipe fraca, sem nomes de maior expressão.
Gilson e Mário foram contratados pela Liberal que já levara também os repórteres Agripino Furtado, Ailton Silva e Paulo Bahia. Todos da Marajoara. Na Liberal, Gilson passou a ser apresentador e também narrador da TV Liberal. Diariamente, em um espaço inserido na primeira edição do Jornal Liberal, no começo da manhã. O mesmo que apresenta atualmente Carlos Ferreira, que foi o sucessor de Gilson, após longo tempo à frente desse quadro. Retornava para se apresentar na segunda edição do JL na hora do almoço.
Atuava também no jornalismo do canal 7, por ocasião do Círio de Nazaré, como repórter ou até mesmo ancorando a mega procissão anual
De saída do grupo Liberal, após uma longa trajetória de 20 anos, ele aporta na TV Cultura, do governo estadual, onde inesperadamente passa a comandar um programa ao feitio das mesas redondas esportivas, lançado pelo canal 2 aos domingos à noite. Entrava antes do tradicional Bola na Torre (RBA) e chegou a registrar audiência significativa. Certa tarde de um domingo ele telefona para minha residência e convidou-me a participar do programa. Eu reluto em aceitar o convite por já me considerar com "prazo de validade" vencido. Ele termina por me persuadir e eu fui umas três vezes em semanas alternadas participar como um dos debatedores. Sem nenhuma explicação plausível, o programa saiu do ar. Se tanto, durou dois anos. Na Funtelpa, por ser um órgão do governo, as emissoras (Rádio e TV) dependem do humor do diretor executivo indicado ao cargo máximo, , para o futebol ter vez em sua grade de programação. Os mais elitistas não dão tratos à bola.
Em uma das manhãs das minhas caminhadas na praça Batista Campos, encontrei com ele que nesse tempo me disse estar implantando uma afiliada da Record em Redenção, salvo engano. E não nos falamos mais. Arrisco dizer que foi no ano de 2010.Morreu de câncer sem chegar aos 70 anos. Tinha 66. Cedo, para os padrões etários de hoje em dia. Deus o guarde.
Desta foto postada, além de Gilson, são falecidos; Paulo Ferrer, Jorge Dias, Jurandir Bonifácio, Antenor Araújo e Ronaldo Porto.
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