sábado, 28 de setembro de 2019

Milton Neves e seu carisma


Tenho grande admiração pelo apresentador Milton Neves. Que para muitos é tido como um cara cheio de estrelismos, “se acha” e parece ter a presunção de dono da verdade em suas opiniões, quase sempre cheias de ironias e gozação em cima de quem diverge dele. 

A primeira vez em que mantive contato com sua equipe foi quando editei juntamente com o saudoso companheiro Ronaldo Bandeira, o álbum do Centenário do Clube do Remo em 2005. Enviei um exemplar da reduzida coleção especial que me foi ofertada pela Gráfica Alves. A cor da capa (dura) era amarela, alusiva à secular existência do clube. A edição normal tinha sua capa na cor cinza e os dois escudos azul-marinho destacando o primitivo do Grupo do Remo e o que o substituiu até hoje. 

Nesse tempo atuando com um longo programa aos domingos à noite na Record, Milton foi generoso para comigo, elogiando e mostrando a publicação por relativo tempo dentro do programa. 

Anos depois (2013) enviei-lhe o livro “RE-PA- Rivalidade Gloriosa” e fiz menção ao que lhe mandara anteriormente. E na correspondência provoquei-o indagando se ainda lembrava de mim. A resposta veio em forma de um bilhete escrito por ele de próprio punho. Singelo, mas de valor sentimental para mim. Ele já estava na Band e publicou a capa do livro em seu site, um dos mais acessados no país. 

Milton que foi revelado pelo Plantão (informante) da Jovempan é a maior revelação do rádio esportivo que deu certo na TV. Por sua descontração, autenticidade e a extraordinária capacidade mnemônica desenvolvida com extrema desenvoltura a qualquer momento em que seja necessário relembrar de algum fato pretérito. Na maioria das vezes, recôndito no tempo das suas reminiscências. Sem falhar.

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