sábado, 18 de agosto de 2018

Euclides Farias partiu de repente


Nem da nova e nem da velha guarda do jornalismo paraense. O amapaense Euclides Farias que morreu nesta terça-feira (14) poderia se inserir na média guarda da mídia impressa de Belém. Sem chegar aos 60 anos (tinha 59) ele que faleceu vítima de leucemia. Euclides por muitos anos integrou a redação do jornal A Província do Pará, ao tempo dos “Associados”. E sobressaiu em uma entrevista do então governador Hélio Gueiros que estava sendo sabatinado em um programa na TV Cultura durante a conturbada campanha eleitoral de 1990. 

No decorrer da entrevista, o jovem repórter formulou uma pergunta que desagradou o governador, que mesmo sendo jornalista, mas estando no exercício do poder, mostrou-se incomodado pela indagação e chegou a insinuar que Euclides estaria procurando ajudar o candidato da oposição (o candidato de Gueiros era Said Xerfan, pois naquele tempo ainda não havia a reeleição) ninguém menos que Jader Barbalho, um ex-aliado e àquela altura seu inimigo figadal e que terminou por vencer a eleição. Mais tarde, Gueiros e Jader se reconciliaram politicamente. Coisas própria da política. 

Minha aproximação com Euclides Farias, embora eu sendo bem mais velho do que ele, foi nas noites de boemia, principalmente na boate Lapinha, reduto maior da animação noturna belenense. Certa vez estando em companhia do saudoso Ronaldo Bandeira, ele chegou justamente na hora em que se exibiam no palco, as veteranas e já um tanto “sambadas”, Gretchen, Rita Cadilac e uma outra contemporânea. Ele sentou a nossa mesa e ironizou: “Eita putaiada veia”. Gargalhamos juntos. 

Na foto, Euclides é o primeiro da esquerda para a direita, junto com Zaire Filho, Antônio Carlos Nunes, Ferreira da Costa, Aderson Maia e eu. Foi por ocasião do 29º congresso da Abrace realizado em Belém em maio de 2003. Ele integrava a Assessoria de Comunicação Social do governo estadual quando o atual governador Simão Jatene foi eleito pela primeira vez.

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