quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Painel da Saudade

Este ano de 2021 que termina amanhã, levou consigo seis nomes da crônica esportiva paraense.


Foram profissionais que deixaram saudades pela longa militância, no rádio, TV e jornais da capital.


Ronaldo Porto era o de maior destaque. Considerado como um dos narradores do primeiro time de todos os tempos, o chamado “40 gráus” , tinha excelente timbre vocal e sabia relatar o jogo em um estilo frenético e linear. Começou na Marajoara, depois foi para a Liberal, retornando à Clube, onde começou a narrar. Passou ainda pela extinta Guajará, as maranhenses Difusora, Timbira e Educadora de São Luis e a finada Maguary de Belém. Na TV foi o chefe do departamento da RBA, canal 13, quando a emissora iniciou suas atividades em 1988. Atuou também em outros canais, mas apenas como freee lancer. Durante um certo tempo animou o programa matinal “Show do 40 graus” pela Clube. Não chegou aos 70 anos.


Ronaldo Porto



Adaílton Cunha era o repórter seguro e de temperamento calmo ao entrevistar seus personagens esportivos. Começou como ‘foca” na Clube, depois ponta-de-gol na Liberal e por largo tempo repórter da TV Liberal transferindo-se para a RBA onde ficou um tempão até sair para ser produtor na TV Cultura, cargo que ocupou até vir a falecer, vitima de uma doença insidiosa. Morreu aos 62 anos.




Um repórter de cobertura dos fatos de rua que passou para o o segmento esportivo. Chico Chagas foi setorista do Paissandu por muitos anos, quando começou na Liberal. Além de repórter volante e ponta de gol. Esteve por alguns anos na Marajoara, teve rápido giro pela Timbira maranhense e depois passou um longo período na Clube onde chegou a fazer coberturas no exterior. Quando veio a falecer por problemas renais, integrava a equipe da Metropolitana-FM. Chico fugia um pouco do modo de falar dos repórteres esportivos. Tinha vocabulário diferenciado, sem os chavões costumeiros que são observados na reportagem do futebol. Por alguns anos foi o apresentador do tradicional “As últimas do Esporte”, ao fim da noite, pela Clube. Tinha 62 anos.

Chico Chagas


Paulo Roberto Souza, iniciou como estagiário do Diário do Pará, nos primeiros anos do jornal, em 1985. Passou pelo Amazonia como editor esportivo e depois editor-chefe Morreu em consequência de um câncer de estômago. Travou luta tenaz contra a doença mas sem êxito, sucumbiu a ela. Faleceu aos 58 anos.



O mais jovem( 52 anos) entre os que o corona vírus atingiu letalmente, Nildo Matos, teve quase 20 anos de atuação no rádio esportivo. Ele era animador em frente de lojas no centro comercial da cidade e iniciou na Marajoara como repórter de campo. Chegou a ser o coordenador de esportes da emissora de Carlos Santos, ainda que com ligeira passagem pela Liberal. Era um micro empreendedor de fibra do ramo de comidas -lanchonetes e restaurantes – e chegou à presidência da ACLEP com a renúncia de Géo Araújo (já falecido) em 2019. Ele era o vice-presidente da entidade . Saiu da Marajoara no início deste ano e não voltou mais ao microfone.

Nildo Matos


Outra morte muito sentida pela imprensa esportiva belenense, foi a de Toninho Costa, por longos anos produtor e chefe do departamento esportivo da RBA. Ele era dessas pessoas que conquistam a simpatia dos outros, pela educação e a sobriedade em exercer sua atividade. Começou como rádio-escuta no Plantão da Clube juntamente com Moacir Tavares e tendo Beraldo Francês como informante. Passou pela Marajoara, retornou à Clube quando Guilherme Guerreiro assumiu a equipe da Poderosa, após sair da Marajoara e sem tanta demora, estava no canal 13 (RBA) do mesmo grupo de comunicação. . Foi vítima também do maldito corona-19. Toninho não atingiu aos 60 anos de vida.



São companheiros que se tornarão perenes em nossa memória póstuma.

Turma da Pça. Brasil

Foi a maior turma de bairros dos anos 60. Reuníamos mais de 50 integrantes que residiam nas redondezas da tradicional Praça Brasil. Em algu...