sábado, 23 de junho de 2018

Relíquias dos “Associados”


Com mais de meio século de atuaça no rádio esportivo paraense, Ivo Amaral, Jones Tavares e Carlos Castilho, se constituem em autenticas relíquias dos Diários e Emissoras Associados em Belém do Pará. Os três continuam em atividade até hoje no microfone esportivo. Castilho e Jones na Clube e Ivo na Liberal. 

A Rádio Marajoara ao tempo dos “Associados” era uma emissora de muito prestígio popular. Com o início de suas transmissões em 1954 a segunda rádio da capital surgiu avassaladora, a começar da potência de seu som. Com 10 kwts na antena, penetrava em toda Belém. Tinha tudo de bom: direção artística com gente vindo de outras emissoras congêneres da rede dos “Associados” para comanda-la, excelente cast de rádio-atores e comediantes além de um elenco de excelentes cantores. Seus programas de auditório no mega palco no concorrido Largo de Nazaré, arrastavam multidões para assisti-los ao vivo, nas tardes de sábado e aos domingos pela manhã e principalmente à noite. 

A primitiva emissora, entretanto, só esqueceu de formar uma boa equipe esportiva. Seu departamento especializado funcionava quase precariamente, com poucos integrantes. Não “dava para a saída” com sua concorrente, a Clube, que tinha o idolatrado Edyr Proença ao comando de seu time. 

Com a brusca saída de Jayme Bastos que era o principal locutor da “associada”, o carioca Luiz Brandão foi “importado” da Tupi do Rio para substituir JB e comandar a equipe. É com ele que tudo se transforma no departamento esportivo. Embora Ivo Amaral já estivesse na equipe quando ele chegou, ainda engatinhava no plantão esportivo. E através de um concurso, Castilho e Jones são aprovados. Os três foram testados em todas as funções: ponta-de-gol, repórter volante e narração do futebol. 

Desde aquele remoto tempo, até hoje, foi uma longa caminhada não só na rádio mas também na TV Marajoara, o pioneiro canal 2 de Belém que funcionou de 1961 até 1980 quando foi “cassada” pela ditadura militar. Quase 10 emissoras “associadas” tiveram o mesmo destino em todo o país. 

Ivo, Castilho e Jones se constituem no trio isolado do que a Marajoara deixou como herança reativa na memória do rádio paraense.

Urucubaca verde-amarela

Belini levanta nossa primeira Taça Mundial com a camisa azul.

Bastou a Seleção Brasileira trocar a cor de sua camisa, substituindo a tradicional verde-amarela pela azul, para que os supersticiosos de todos os gêneros acreditassem que a camisa oficial estava dando azar para o escrete canarino. 

Isso é antigo. Em seu primeiro campeonato mundial na Suécia, a Seleção jogou a partida final contra os donos da casa e venceu por 5 a 2, com o time brasileiro vestindo azul. De lá pra cá, sempre que não estamos tão bem no torneio mundial, acredita-se que ao mudar a cor das camisas, a sorte ressurge para o nosso lado. E assim aconteceu contra a Costa Rica nesta quarta-feira. 

O torcedor costuma se apegar a essas crendices como uma forma de estimular o próprio cérebro para reações ao senso comum. E na maioria das vezes tributa o sucesso ao que concebe sua mente como sendo o reverso de uma situação que ele rejeita racionalmente. 

Seja lá como for, o certo é que alguns tabus parecem que são combatidos com o mesmo antidoto. No fundo, acreditando-se em outra superstição similar.

Turma da Pça. Brasil

Foi a maior turma de bairros dos anos 60. Reuníamos mais de 50 integrantes que residiam nas redondezas da tradicional Praça Brasil. Em algu...