Jogavam os dois times das duas únicas emissoras existentes em Belém: a PRC-5 velha de guerra, naqueles tempos idos conhecida quase só pelo seu prefixo do que pelo nome Rádio Clube do Pará e a Marajoara, do poderoso grupo dos Diários Associados.
O jornalista paraibano Frederico Barata que comandava os “Associados” em Belém, chega ao estádio do Souza e já encontra Edgar Proença, um dos fundadores e dono da pioneira PRC-5. Cumprimentam-se e Barata vai logo de desculpando:” Cheguei um pouco atrasado, mas de qualquer modo e sempre bom ver a fraternidade entre as nossas rádios”. Proença sorri ironicamente e responde; “Foi bom pra você que não viu a porrada comendo solta em campo”. Os dois times haviam protagonizado um autêntico espetáculo de MMA no gramado. Mas entre “mortos e feridos” ninguém sequer se ferira.
Esse episódio é contado no livro do saudoso José Maria Simões, “42 anos –Uma vida no esporte “– lançado em 1997.
Na equipe da Rádio Clube além de Simões que era o goleiro, jogavam entre outros, Napoleão Cruz, Jessé Bastos e Milton, que era o motorista da vistosa caminhonete Plymouth da emisora. Pela Marajoara, o lembrado Jayme Bastos, Orlando Barros que até há pouco tempo atuava como plantonista na Cultura; o falecido humorista Armando Pinho, Arlindo Louxards, ex-árbitro e o pioneiro nos comentários de arbitragem no rádio paraense, e os cantores Mário Costa e Augusto Silva.
O jogo foi realizado na preliminar de uma partida interestadual com a participação de um dos três grandes da capital – Remo, Paissandu ou Tuna – em 1959.
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