Ronaldo Porto dividia opiniões pelo temperamento que tinha. Era pouco agregador quando comandava uma equipe esportiva. E dirigiu pelo menos duas: Marajoara e Clube. Sem contar a pioneira da RBA - canal l3, quando foi inaugurada e pertencia ao saudoso empresário goiano Jair Bernardino.
Ele começou aos 17 anos na Marajoara, dividindo a apresentação do programa dominical “Na marca do pênalti” com o já falecido Luiz Araújo, na hora do almoço. Logo o programa faria enorme sucesso de audiência. A Marajoara naquele tempo dos “Associados” tinha uma excelente programação geral.
Com a Liberal e sua equipe esportiva recém montada, Ronaldo não demoraria para integrar a Equipe Legal comandada pelo lembrado Jayme Bastos. Mas, sem tanto tempo, transfere-se para a Clube onde começa a carreira de narrador revezando-se na transmissão dos jogos com Cláudio Guimarães, Zaire Filho e Edgar Augusto. Lá mesmo, passa a apresentar o programa de variedades “ Show do Quarenta Graus”, pela manhã.
No início de 1980, a Guajará resolveu formar uma nova equipe sob o comando do finado José Simões. É, então, quando ele e Zaire Filho tornam-se os narradores principais. A equipe, porém só durou seis meses, se tanto.
Quando a Marajoara foi adquirida pelo empresário Carlos Santos, em 1985, Ronaldo assume o comando do departamento esportivo. Resolve dividir a chefia com Jayme Bastos, que sem tanta demora, porém, sairia para tratar da implantação de sua Maguary, que vai ao ar em 1990 embora só durando cinco anos sob seu controle, pois em 1995 foi vendida para uma igreja evangélica. Em um time de bom nível - Edyr Proença, Géo Araújo, Giuseppe Tommaso, Aylton Silva, Chico Chagas e Paulo Bahia - mas de curta duração, Ronaldo chegou a narrar também jogos pela Maguary.
Em 1992, estava de volta à Clube agora para comandar sua equipe de esportes naquele tempo bastante combalida após a saída de Edyr Proença, Cláudio Guimarães, Carlos Castilho, Agripino Furtado e outros. Mas, em 1996, Guilherme Guerreiro deixa a Marajoara e assume o comando do Timão do Rádio. Leva com ele nomes de peso da ex-emissora “Associada”. Ronaldo Porto reassume o comando dos Titulares do Esporte e injeta nomes novos e alguns conhecidos em sua equipe: Edson Matoso, o amazonense Antenor Araújo, Gilson Faria, Mário Sales e Alberto Gonçalves, os mais expressivos.
No final dos anos 1970, O Quarenta Graus atuou no rádio maranhense em três emissoras: Difusora, Timbira e Educadora. Isso em apenas um ano, no máximo.
Foi eleito vereador de Belém com o mandato 1992/96, na esteira do sucesso do policial Barra Pesada (canal 13) que apresentava no inicio da tarde. Ainda no mesmo canal foi o âncora seguro do Brasil Urgente local.
Ronaldo Porto foi um dos narradores paraenses de melhores vozes e dicção clara. No inicio, não era tão bem articulado no improviso, o que melhora muito depois de formado em Direito.
No dia 11 de fevereiro, completou 69 anos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSinto a falta de todos os amigos do Rádio Parense. A dor é maior dos que estão partindo perdendo a vida para a pandemia. Que Deus proteja a todos.
ExcluirRonaldo Porto foi, sem duvida, um dos locutores esportivos de maior sucesso ao microfone esportvo paraense. Para mim, ficaria no mesmo nível de Cláudio Guimarães, Ivo Amaral e Zaire Filho. tinha um timbre de voz agradável, dicção límpida e um estilo de narrar dinâmico. Sua morte pelo covid neste domingo (14) depois de alguns dias resistindo à maldita doença, internado em um hospital, trouxe surpresa, ainda que se soubesse de seu estado grave. E causou tristeza entre seus amigos da imprensa esportiva e à sua grande legião de amigos. O conhecido quarenta Graus, deixou patenteada sua marca de bom narrador.
ResponderExcluir