A revista GOL deixou sua marca perene
na crônica esportiva paraense. Em duas fases distintas (1975 e 1978), a publicação fundada em 1975
por Euclides “Chembra” Bandeira, Emanoel Ó de Almeida e Guilherme Barra, que
trabalhavam no extinto jornal “associado” A Província do Pará, surpreendeu por
sua qualidade redacional e gráfica, além de sua regular periodicidade semanal . Todas as quartas-feiras
a revista estava nas bancas. No início de 1976 a GOL saiu de circulação.
Retornaria em princípio de 1978 agora
sob nova direção. Os empresários Carlos
Rocque, que também era jornalista, e
Franklim Aguiar eram proprietários de uma moderníssima gráfica, a recém
inaugurada Mitograph. Uniram-se a mim e ao saudoso companheiro Ronaldo Bandeira
para reativar a revista. A sociedade de capital e trabalho, porém, só duraria, seis meses.Com um déficit
ascendente e mantendo a publicação semanal, a correspondência dos leitores,
entretanto, só foi linear enquanto o Remo se manteve em boa campanha na
Primeira Divisão Nacional. Dai em diante a revista, tal como acontecera na
primeira fase, caiu de modo vertiginoso em sua circulação, agravada pela Copa
do Mundo daquele ano realizada na Argentina.
Houve então uma prolongada lacuna de
mais de um mês em sua circulação semanal, Quando voltou, contava com a participação do popular e já
falecido jornalista Paulo Ronaldo, em
sua direção comercial. Não conseguiu, todavia, sucesso em reabilitar as
finanças da publicação que encerraria suas atividades no final do ano.
Em 2004, promovi com a ajuda do sempre
lembrado Ronaldo Bandeira a reativação da revista impressa
inclusive em papel couchê e quase toda em policromia. Não deu certo. Desisti e fiquei apenas com o título como
recordação do que considero meu melhor projeto participativo em minha longa
carreira na mídia impressa.
Reproduzo a entrevista que dei ao
programa Cadeira Cativa da extinta Mais TV em 2004 e que serve também para
recordar do saudoso apresentador Paulo Cecim, que teve ainda como
entrevistadores Walmir Rodrigues e Fernando Sodré de Castro.
A lembrança do saudoso amigo Paulo Cecim, e a categoria dos entrevistadores Walmir Rodrigues e Fernando Castro, mostram um vídeo histórico-informativo sobre a revista GOL, a maior publica
ResponderExcluircão esportiva autentica que já aconteceu na imprensa paraense. O registro que se faz presente no vídeo, indelevelmente, trás-nos de volta para uma época de grande valorização do futebol local, onde os clubes do Estado representavam parte do futebol brasileiro. A entrevista de Expedito Leal, testemunha ocular e participativa dos fatos, com sua prodigiosa memória, projeta para sempre a averbação de coisas parcialmente ocultas e até desconhecidas da interação entre a imprensa e o futebol paraense. Aliado a tudo isso, a figura do jornalista com pose de galã global de Expedito Leal, qualifica o vídeo com uma beleza plástica refinada.