Na crítica de arbitragem no rádio paraense quem teria sido o pioneiro? Alguns atribuem a Arlindo Louchards que era preparador físico, o início dessa função. Ele aparece em um anúncio da Rádio Marajoara, nos primórdios das transmissões esportivas da ex-emissora “Associada” em fins dos anos 50. Só que nesse tempo, Luiz Solheiro havia se transferido para a Rádio Clube, onde fazia dupla com Edyr Proença (ele nos comentários) e possivelmente Louchards poderia ter sido o seu substituto na equipe de Jayme Bastos (narrador). Quando a extinta Guajará estreou seu time na narração esportiva, Louchards, aparece como sendo o crítico de arbitragem e Solheiro e Arlindo Dourado dividiam os comentários.
Acontece que Manoel Nery Filho é tido como o verdadeiro precursor na função. Ele foi árbitro sem tanto destaque na década de 1960.Mas criou um bordão que o consagrou no rádio: “No fi –gu-ri-no” – dizia silabicamente e Isso para demonstrar que o no momento do gol, tudo fora legítimo, sem irregularidade no lance que originou-o.
Nery Filho não era tão eloquente em seus comentários. Mostrava-se discreto, com críticas moderadas, sem espalhafato e com vocabulário embora limitado, mas sem ofender a gramática. Fora do rádio era o maestro da Banda dos Fuzileiros Navais de Belém. Depois que deixou a Clube teve rápida passagem pela Liberal nos anos 1980.
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