A capa -desta revista é de 1994. Pelé tinha, à época, 54 anos. Mas já tinha noção do que sofreria ainda mais no futuro. Como agora ao chegar aos 80 anos. Os brasileiros com seu complexo de vira-lata, como dizia Nelson Rodrigues, encontraram no Rei, já idoso, o repositório de suas idiossincrasias contra o caráter do Atleta do Século. E haja pedras em cima de quem só fez projetar o nome do Brasil pelo mundo. O ser humano Pelé, é uma pessoa como qualquer outra em acertos e erros. Nada pode encobrir seus vacilos fora de campo, é verdade, mas também nada deve deve servir como desculpa para empanar sua gloriosa carreira como jogador de futebol. A de Melhor Jogador do Mundo. Reconhecido internacionalmente. Sem contestações.
A mania do brasileiro em só valorizar
o que o que não é genuinamente seu, nada mais significa do que o complexo de
inferioridade que parece ser um traço da personalidade nacional.
Pelé vai morrer glorioso. Com seus
defeitos, é óbvio. Mas com o reconhecimento universal de que foi o maior
futebolista de todos os tempos. E, como ele mesmo disse, sem que ainda vá
existir outro Pelé.
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