Os jogadores considerados como ídolos
nos clubes de massa parecem que não morrem. São lembrados sempre pelos
torcedores. Mesmo com passagens pelo clube nem sempre tão longas, a fixação
mnemônica acontece pelo que fizeram às vezes apenas em um jogo. Absurdo? Pode
ser. Mas o futebol em sua amplitude mística, absorve esses fatos estranhos à
lógica natural.
Pelo Remo e Paissandu já passaram
jogadores que perenizaram seus nomes. Tanto paraenses quantos “importados” vindos
de outros estados do país.
O lendário goleiro uruguaio Veliz,
até hoje é lembrado como um dos melhores que o Remo já teve. O técnico uruguaio
Juan Alvarez pediu que suas cinzas fossem jogadas sobre o estádio da Curuzu,
tamanha era sua finidade com o clube bicolor. E teve seu pedido atendido pela
família. Ele morreu em seu país. O mineiro Jambo foi um dos primeiros
profissionais azulinos. Era tão bom em campo como dava um trabalhão quando
estava alcoolizado. Terminou por promover um quebra-quebra na sede social
remista e foi expulso do clube.
João Tavares que veio do futebol
amazonense jogava com tanta bravura no Papão que foi apelidado de “João sem
medo” em alusão ao principal personagem de uma das novelas de maior sucesso da
Globo nos anos 1960. François não era um primor como goleiro, mas tinha o Remo
no coração desde quando o Leão foi jogar em sua terra natal, Paramaribo. Veio
junto com a delegação. Era porradeiro respeitado na cidade. Marcar gols,
jogando com muita raça era a especialidade de Bené que veio do Vasco. E quando
passou a jogar junto com outro ex-craque vascaino, o saudoso Rubilota, aí mesmo
que os gols surgiam em profusão.
O atacante Amoroso chegou a Belém em 1967 e
deu um campeonato ao Remo em 1968 que ficou marcado na história do futebol
azulino. Pelo gol oportunista que empatou o jogo (vantagem da qual o Remo
desfrutava). Típico do craque tarimbado e sobretudo esperto na malandragem do
futebol dentro do campo.
Fico nesses nomes de tempos já bem
recuados. Mas outros devem ser lembrados em futuro próximo.