sábado, 3 de março de 2018

Os nossos “chineses” no futebol

China (Tuna), Chininha, Chinão (Remo) e China (Remo) 
Se no passado abundaram apelidos com o numeral Quarenta, o futebol paraense foi equivalente em termos de codinomes China. Todos, sem dúvida, pela aparência física, onde os olhos “puxados” foram determinantes para pespegar em seus donos. 

A família Reis da Cunha foi o protótipo da “prole” desses apelidos, a começar pelo mais famoso de todos: o China I, considerado até hoje o maior jogador do futebol da Tuna Luso Brasileira. Seu irmão China II que ficou conhecido como Chininha, tal como o irmão mais velho, iniciou na Lusa do Souza. Mais tarde seria contratado pelo Sport Clube do Recife e ao retornar ao futebol paraense em 1963 jogou no Paissandu e encerrou a carreira no Júlio César em 1966. Sua posição era de meia-armador. 

Outro dos Cunha a jogar na divisão de base cruzmaltina foi Toninho, o mais novo dos irmãos, logo chamado de China III, que entretanto, ficou apenas no time juvenil e se desinteressou pelo futebol. 

Surgido no extinto Paulista, um dos três times do pelotão dos pequenos nos anos de 1950, o zagueiro-central China que era chamado de Chinão pelo porte físico avantajado transferiu-se para o Remo em 1952 e ficou pelo Baenão até o final da década. Era meio sisudo e jogava ríspido, sem no entanto ser desleal. Conquistou vários títulos de campeão paraense pelo Leão Azul. 

Na primitiva posição de lateral-direita, embora polivalente no sistema defensivo, outro China se destacaria pela divisão de base do Avante no começo da década de 1960. O garoto China despontou ao jogar zaga do time interiorano e ao final do campeonato passaria a jogar no Remo em várias posições da defesa, além da sua original. Em todas com o raro brilho de craque: zagueiro-central e quarto zagueiro (ou centro-médio como se denominava a posição naquele tempo) também eram familiares ao seu qualificado futebol. 

China além do Remo jogou na Tuna, Paissandu e Sport Belém, quando o rubro-negro da Vila Militar formou um timaço em 1970. Ele era taifeiro da Base Aérea. Nessa equipe jogavam o goleiro Dico (durante 10 anos titular no gol do Remo), os atacantes Luizinho e Roberto Diabo Louro (outro que formou na esplendida equipe remista de 1972 que debutou no Campeonato Nacional da 1º Divisão) todos vindos do futebol de Brasília. 

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