sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

1.280 socos no ar !!!

Eu tive a felicidade singular, no futebol, em ver Pelé jogar. Ao vivo ! Eu era um dos presentes no então estádio Evandro Almeida, o histórico Baenão,  naquela noite memorável de 29 de abril do distante ano de 1965.

 

Congelei o feito em minha memória de muitas décadas de 01 de junho. O elástico placar de 9 a 4 em favor do Santos sobre o Remo, foi o que menos importou para um remista ferrenho como sou. Valeria como a única vez em que veria o Rei do futebol jogar durante minha longa trajetória de vida. E quase o mesmo tempo de torcedor fanático pelo futebol. Considerado por todas as razões como o “esporte das multidões”. Quando menino, joguei minha “bola de meia” no meio da rua e já adolescente, raras vezes em campos de verdade.

 

Pelé foi Maradona e Messi juntos. Para mim, só o argentino (depois naturalizado espanhol) Di Stefano quase empata  com ele. Cracaço estiloso e raçudo. Um meia armador avançado. Esperto e diligente, que  também era  goleador. Estigmatizado por suposto boicote a Didi no Real Madri, quando o brasileiro transferiu-se  do Botafogo para o famoso clube espanhol em princípios dos anos 1960. Di Stefano defendia-se sempre, quase assumindo sua influencia pelo fracasso do craque brasileiro: “Um excelente jogador, mas muito lento para o modo de jogar do nosso time”, procurava justificar-se. As opiniões dividiam-se. Os defensores de Didi por acharem que Stefano temia “sombras” ao seu inegável status no Real. Outros por concordarem que embora sendo um dos expoentes do futebol brasileiro à sua época, Didi era um craque de pouca correria em campo. Não olhava pro chão com a bola nos pés. Parecia,  de cabeça sempre erguida, saber  onde estavam colocados seus companheiros de time .E nunca errava os passes, fossem  curtos , médios e, especialmente os de longas distancias. Era um exímio meiuca, organizador de jogadas.

 

Com a morte de Pelé, o futebol-arte perde sua maior expressão de todos os tempos. Sem querer profetizar sobre o tema, segue com ele, para sempre, a coroa de Rei. Que lhe foi reverenciada por um observador imparcial, isento e justo: um jornal francês quando Pelé pela primeira vez jogou em  um estádio em Paris. A manchete  de capa( primeira página)  do Le Figaro eternizou a consagração: LE ROI DU FUTEBOL.

 

Em sua longa carreira de mais de 20 anos, Pelé protagonizou a extraordinária façanha de marcar 1.280 gols ! O milésimo foi celebrado em um jogo contra o Vasco no Maracanã lotado em 1970.

Quando jogou com o Remo, ele entrou em campo vestido com o uniforme azulino. O Remo foi uma das poucas camisas que o Rei vestiria em sua gloriosa história, mesmo que o fato tenha mero valor histórico, pois ele não jogou pelo Leão Azul. Uma honraria, sem dúvida, para o Remo, até hoje festejada por sua grandiosa torcida.

 

Com o punho da mão direita cerrado, além do corpo impulsionado para o alto e o rosto em êxtase, tornou-se  a logomarca que o mundo devotou ao Maior jogador de futebol do mundo quando marcava seus gols. , Muitos deles, refletindo sua genialidade de craque inigualável no planeta.




quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Valdo Souza dá um tempo ao Rádio

Os ouvintes do esporte da Rádio Clube, têm sentido a ausência do prestigiado repórter Valdo Souza, o Valdão, que comandava as reportagens de campo antes, durante (no intervalo dos jogos) e depois das partidas, com rara capacidade dos chamados mestres-de- de cerimonia. Bem articulado, com voz e dicção,  dessas que envolvem o ouvinte por longo tempo enquanto relata, informa e analisa fatos ocorridos em campo. Ele sabe passar seu recado com desembaraço vernacular, oportunismo na informação dos fatos e sobretudo com uma dose bem calibrada de bom humor e descontração que inclui a ironia, a zoação refinada e até o deboche bem colocado, em casos que permitem esse tipo de crítica mais aguda e por vezes hilária.


Depois de deixar o SBT onde por quase uma década desfilava sua empatia no SBT- Pará, ao  meio dia, ele agora transferiu-se para a Rede TV, onde ao final da tarde é o âncora do Rede TV -Pará.


Por enquanto, Valdão não pensa em voltar ao microfone radiofônico.   




Os preferidos da mídia esportiva

  Resultado lógico na escolha dos três  narradores paraenses preferidos  de todos os tempos. Seleção feita por 26 de seus próprios colegas d...