sexta-feira, 4 de agosto de 2023
sexta-feira, 6 de janeiro de 2023
1.280 socos no ar !!!
Eu tive a
felicidade singular, no futebol, em ver Pelé jogar. Ao vivo ! Eu era um dos
presentes no então estádio Evandro Almeida, o histórico Baenão, naquela noite memorável de 29 de abril do
distante ano de 1965.
Congelei o
feito em minha memória de muitas décadas de 01 de junho. O elástico placar de 9
a 4 em favor do Santos sobre o Remo, foi o que menos importou para um remista
ferrenho como sou. Valeria como a única vez em que veria o Rei do futebol jogar
durante minha longa trajetória de vida. E quase o mesmo tempo de torcedor
fanático pelo futebol. Considerado por todas as razões como o “esporte das
multidões”. Quando menino, joguei minha “bola de meia” no meio da rua e já
adolescente, raras vezes em campos de verdade.
Pelé foi
Maradona e Messi juntos. Para mim, só o argentino (depois naturalizado
espanhol) Di Stefano quase empata com
ele. Cracaço estiloso e raçudo. Um meia armador avançado. Esperto e diligente,
que também era goleador. Estigmatizado por suposto boicote a
Didi no Real Madri, quando o brasileiro transferiu-se do Botafogo para o famoso clube espanhol em
princípios dos anos 1960. Di Stefano defendia-se sempre, quase assumindo sua
influencia pelo fracasso do craque brasileiro: “Um excelente jogador, mas muito
lento para o modo de jogar do nosso time”, procurava justificar-se. As opiniões
dividiam-se. Os defensores de Didi por acharem que Stefano temia “sombras” ao
seu inegável status no Real. Outros por concordarem que embora sendo um dos
expoentes do futebol brasileiro à sua época, Didi era um craque de pouca
correria em campo. Não olhava pro chão com a bola nos pés. Parecia, de cabeça sempre erguida, saber onde estavam colocados seus companheiros de
time .E nunca errava os passes, fossem
curtos , médios e, especialmente os de longas distancias. Era um exímio
meiuca, organizador de jogadas.
Com a morte de
Pelé, o futebol-arte perde sua maior expressão de todos os tempos. Sem querer
profetizar sobre o tema, segue com ele, para sempre, a coroa de Rei. Que lhe
foi reverenciada por um observador imparcial, isento e justo: um jornal francês
quando Pelé pela primeira vez jogou em
um estádio em Paris. A manchete
de capa( primeira página) do Le
Figaro eternizou a consagração: LE ROI DU FUTEBOL.
Em sua longa
carreira de mais de 20 anos, Pelé protagonizou a extraordinária façanha de
marcar 1.280 gols ! O milésimo foi celebrado em um jogo contra o Vasco no
Maracanã lotado em 1970.
Quando jogou
com o Remo, ele entrou em campo vestido com o uniforme azulino. O Remo foi uma
das poucas camisas que o Rei vestiria em sua gloriosa história, mesmo que o
fato tenha mero valor histórico, pois ele não jogou pelo Leão Azul. Uma
honraria, sem dúvida, para o Remo, até hoje festejada por sua grandiosa
torcida.
Com o punho da
mão direita cerrado, além do corpo impulsionado para o alto e o rosto em
êxtase, tornou-se a logomarca que o
mundo devotou ao Maior jogador de futebol do mundo quando marcava seus gols. ,
Muitos deles, refletindo sua genialidade de craque inigualável no planeta.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2023
Valdo Souza dá um tempo ao Rádio
Os ouvintes do esporte da Rádio Clube, têm sentido a ausência do prestigiado repórter Valdo Souza, o Valdão, que comandava as reportagens de campo antes, durante (no intervalo dos jogos) e depois das partidas, com rara capacidade dos chamados mestres-de- de cerimonia. Bem articulado, com voz e dicção, dessas que envolvem o ouvinte por longo tempo enquanto relata, informa e analisa fatos ocorridos em campo. Ele sabe passar seu recado com desembaraço vernacular, oportunismo na informação dos fatos e sobretudo com uma dose bem calibrada de bom humor e descontração que inclui a ironia, a zoação refinada e até o deboche bem colocado, em casos que permitem esse tipo de crítica mais aguda e por vezes hilária.
Depois de
deixar o SBT onde por quase uma década desfilava sua empatia no SBT- Pará,
ao meio dia, ele agora transferiu-se
para a Rede TV, onde ao final da tarde é o âncora do Rede TV -Pará.
Por
enquanto, Valdão não pensa em voltar ao microfone radiofônico.
Livro do Quarenta
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