quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Quem foi Guioberto Alves



Um dos melhores narradores nortistas de todos os tempos, oriundo do rádio de Macapá, passou, entretanto, despercebido dos microfones paraenses.


Embora nascido em Afuá, foi criado, porém, na capital do então território federal, Guioberto Alves, pode ser considerado o pioneiro na locução esportiva amapaense. Guioberto, em Macapá, trabalhou no Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNER).


Era o narrador titular da única emissora macapaense: a pioneira Difusora. Mas sem demora, Guioberto recebeu irrecusável proposta financeira para ir para a Difusora do Maranhão. E por lá ficou sendo o narrador de maior audiência por uma década (1962/72) no rádio esportivo maranhense.


Dotado de boa voz aliada à uma dicção primorosa, Guioberto chegou a ser um dos diretores da extinta TV Difusora. Tinha status nas empresas de comunicação dos irmãos Bacela:r Raimundo e Mágno.


Quando morreu, em maio de 1972 regressava de uma viagem a Teresina, onde fora narrar um jogo do Sampaio Correa. O jipe que que ele mesmo resolveu dirigir no retorno, embora com o motorista da emissora também presente no veículo, ao furar um dos pneus, desgovernou sua direção e Guioberto, sem tanta experiencia ao volante, ao invés de pisar no acelerador, afundou o pé no freio, o que fez jipe capotar bruscamente na rodovia às proximidades do município de Peritoró. Com Guioberto viajavam o falecido repórter e depois famoso comentarista, Herbert Fontenele (já falecido) e o motorista da rádio. Só Guioberto morreu na hora do acidente. Os outros dois companheiros tiveram apenas ferimentos.


O enterro do radialista causou comoção em São Luis. As emissoras de rádio entraram em pool só tocando músicas fúnebres em homenagem póstuma. O corpo de Guioberto foi sepultado em um cemitério local, com uma multidão se fazendo presente. Guioberto embora noivo à época com uma maranhense ainda viva, não chegou a casar.


Para se ter ideia de seu status, uma avenida em São Luis, tem seu nome como denominação. Onde ficava a sede da desaparecida empresa de comunicação Organizações Mágno Bacelar (as extintas Rádio e TV Difusora).


Para recordar, a narração de Guioberto:



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