quinta-feira, 14 de julho de 2022

Don Rossé Cavaca

Texto retirado do site "museudatv.com.br"





José Martins Araujo Junior foi um humorista que nasceu na Tijuca, bairro da Zona Norte carioca em 27 de março de 1924.

 

Estudou no mesmo colégio e na mesma turma dos atores Fernando Torres e Fernanda Montenegro e foi presidente do grêmio escolar. Filho de um português ele reunia amigos para contar piadas portuguesas.

 

Aos 20 anos, começou a escrever para o Jornal dos Sports, realizando seu sonho de ser jornalista esportivo. Assinava suas matérias como Araújo Júnior. Em novembro de 1948, assinou contrato com a Rádio Continental, atuando como repórter. José Martins de Araújo Júnior se transformou em Don Rossé Cavaca quando passou a integrar a equipe de esportes do jornal Tribuna da Imprensa.

 

Foi cronista esportivo, publicitário, escritor e humorista, e atuou no cinema e na TV. Pioneiro na TV Globo, tendo participado do programa “Câmera  Indiscreta“, ao lado de Paulo Roberto e Roberto Farias em seu primeiro ano de existencia, em 1965.

 

Também foi escritor, com um livro, “Um Riso em Decúbito“, prefaceado pelo amigo e jornalista Helio Fernandes, e no jornal “Tribuna da Imprensa”  assinou a coluna “Bate-Bola“, uma das mais respeitadas no campo da crônica esportiva.

 

Don Rossé Cavaca trabalhou no Cinema e na TV. Foi um tocador de cavaquinho no filme “Pluft, o Fantasminha”, e atuou no “Teatrinho Trol”, no humorístico-musical “Time Square” e no “Câmera Indiscreta”.

 

Ele faleceu em um acidente com sua lambreta Vespa,  no Rio de Janeiro, em 23 de dezembro de 1965, e foi sepultado no Cemiterio São Francisco Xavier.


segunda-feira, 11 de julho de 2022

Um tiro no próprio pé

Fábio Bentes atirou no que não viu. E não acertou em nada... (Créditos: O Liberal)


O treinador Paulo Bonamigo era pra ter saído do Remo muito antes de quando  foi demitido. Mantinha o time azulino entre os oito primeiros do seu grupo, mas não  conseguia convencer a torcida remista e nem a mídia esportiva. Bonamigo não tinha sistema tático definido, escalava o time conforme suas conveniências pessoais e deixava no banco ou nunca levava como integrante da equipe que iria atuar, jogadores promissores  como o jovem e veloz atacante Ronald. Não é ainda um jogador feito. Longe disso. Mas só apura sua técnica se jogar. Ó óbvio do óbvio.


O presidente do Remo que sofre da síndrome do QI “jenial” (com ‘j” mesmo) alegava que enquanto o time estivesse no G-8 e não perdesse em Belém, manteria Bonamigo no cargo. E  assim foi feito. Até o veterano treinador perder para o Altos em virada relâmpago ao final do jogo  no Baenão. O técnico, segundo vozes internas dos corredores azulinos, só se salvou da Covid quase por um  milagre e assistência médica permanente  por parte do Remo quando ficou internado no hospital “Porto Dias”. O vírus teria lhe deixado sequelas sintomáticas, como a dificuldade em respirar. Isso era observado  só ao ouvi-lo nas entrevistas pós jogos. Parecia estar sempre “puxando” o ar dos pulmões. Além de uma certa desconexão com o time em campo. No idoso os efeitos quase sempre  atingem o cérebro, dizem os médicos.

 

Para substituir Bonamigo, o presidente Fábio Bentes que tem a fixação do marketing em tudo o que pensa e materializa, anunciou um novo treinador para” abalar as estruturas” da Série C. Jogando às favas a ética que também deve nortear o futebol, tirou Gerson Gusmão do Botafogo da Paraiba. Gusmão??? Apenas porque já ganhara um título nacional pelo Operário do Paraná. Sabe-se la as circunstancias dessa conquista. Além de estar a comandar o “Belo” com sucesso há mais de um ano. Embora tendo perdido o campeonato paraibano deste ano para o Campinense.

 

Logo na estreia do novo treinador, esqueceram de inscreve-lo na CBF e seu nome ficou fora do BID. O auxiliar técnico conseguiu empatar com o Figueirense em Florianópolis. Mostrou energia à beira do gramado. O Remo já houvera contratado dois jogadores do Botafogo: Felipe Daniel que virou uma novela até ser liberado e Jean Patrick. Que saíram de João Pessoa rotulados de craques e têm sido o avesso até agora  em nosso futebol.

 

A escalação do time neste domingo (10) que perdeu para o lanterna da competição do grupo onde está o Remo, O Atlético Cearense, foi a mais ridícula possível. Gusmão conseguiu desencavar o meia Marco Antonio de  eventuais e tenebrosas passagens pelo time ao tempo de Bonamigo. O Remo subestimou seu adversário e  seu time jogou a pior partida da competição. Já vê o fantasma da série D bem de perto. Só um milagre ( e no futebol acontecem, mas em raras vezes) poderia ainda salvar o Leão para disputar o quadrangular do acesso à série B.O mais certo, mesmo, é lutar agora para permanecer na Série C. E olhe lá...


Quem sabe arriscar na estrela de João Galvão não valesse a pena o risco...?

Livro do Quarenta

A longa e gloriosa  trajetória não só no futebol, mas em sua existência longeva de 90 anos benfazejos, estão compilados no livro que o conhe...