Este ano de 2021 que termina amanhã, levou consigo seis nomes da crônica esportiva paraense.
Foram profissionais que deixaram saudades pela longa militância, no rádio, TV e jornais da capital.
Ronaldo Porto era o de maior destaque. Considerado como um dos narradores do primeiro time de todos os tempos, o chamado “40 gráus” , tinha excelente timbre vocal e sabia relatar o jogo em um estilo frenético e linear. Começou na Marajoara, depois foi para a Liberal, retornando à Clube, onde começou a narrar. Passou ainda pela extinta Guajará, as maranhenses Difusora, Timbira e Educadora de São Luis e a finada Maguary de Belém. Na TV foi o chefe do departamento da RBA, canal 13, quando a emissora iniciou suas atividades em 1988. Atuou também em outros canais, mas apenas como freee lancer. Durante um certo tempo animou o programa matinal “Show do 40 graus” pela Clube. Não chegou aos 70 anos.
Ronaldo Porto |
Adaílton Cunha era o repórter seguro e de temperamento calmo ao entrevistar seus personagens esportivos. Começou como ‘foca” na Clube, depois ponta-de-gol na Liberal e por largo tempo repórter da TV Liberal transferindo-se para a RBA onde ficou um tempão até sair para ser produtor na TV Cultura, cargo que ocupou até vir a falecer, vitima de uma doença insidiosa. Morreu aos 62 anos.
Um repórter de cobertura dos fatos de rua que passou para o o segmento esportivo. Chico Chagas foi setorista do Paissandu por muitos anos, quando começou na Liberal. Além de repórter volante e ponta de gol. Esteve por alguns anos na Marajoara, teve rápido giro pela Timbira maranhense e depois passou um longo período na Clube onde chegou a fazer coberturas no exterior. Quando veio a falecer por problemas renais, integrava a equipe da Metropolitana-FM. Chico fugia um pouco do modo de falar dos repórteres esportivos. Tinha vocabulário diferenciado, sem os chavões costumeiros que são observados na reportagem do futebol. Por alguns anos foi o apresentador do tradicional “As últimas do Esporte”, ao fim da noite, pela Clube. Tinha 62 anos.
Chico Chagas |
Paulo Roberto Souza, iniciou como estagiário do Diário do Pará, nos primeiros anos do jornal, em 1985. Passou pelo Amazonia como editor esportivo e depois editor-chefe Morreu em consequência de um câncer de estômago. Travou luta tenaz contra a doença mas sem êxito, sucumbiu a ela. Faleceu aos 58 anos.
O mais jovem( 52 anos) entre os que o corona vírus atingiu letalmente, Nildo Matos, teve quase 20 anos de atuação no rádio esportivo. Ele era animador em frente de lojas no centro comercial da cidade e iniciou na Marajoara como repórter de campo. Chegou a ser o coordenador de esportes da emissora de Carlos Santos, ainda que com ligeira passagem pela Liberal. Era um micro empreendedor de fibra do ramo de comidas -lanchonetes e restaurantes – e chegou à presidência da ACLEP com a renúncia de Géo Araújo (já falecido) em 2019. Ele era o vice-presidente da entidade . Saiu da Marajoara no início deste ano e não voltou mais ao microfone.
Nildo Matos |
Outra morte muito sentida pela imprensa esportiva belenense, foi a de Toninho Costa, por longos anos produtor e chefe do departamento esportivo da RBA. Ele era dessas pessoas que conquistam a simpatia dos outros, pela educação e a sobriedade em exercer sua atividade. Começou como rádio-escuta no Plantão da Clube juntamente com Moacir Tavares e tendo Beraldo Francês como informante. Passou pela Marajoara, retornou à Clube quando Guilherme Guerreiro assumiu a equipe da Poderosa, após sair da Marajoara e sem tanta demora, estava no canal 13 (RBA) do mesmo grupo de comunicação. . Foi vítima também do maldito corona-19. Toninho não atingiu aos 60 anos de vida.
São companheiros que se tornarão perenes em nossa memória póstuma.