sábado, 13 de abril de 2019

O brilho do nosso interior


O independente vai tentar o bicampeonato     Cametá, o primeiro campeão do interior      São Raimundo: 1º campeão da série D

Este ano são o Brigantino e o Independente que estão elevando o futebol do interior paraense. O Tubarão do Caeté com presença relevante na Copa do Brasil depois de excelente atuação no campeonato paraense quando por muito pouco não tira o Remo do páreo para ganhar o título. 

O Bragantino para mim mostrou ser o melhor time da competição, Bem montado por Agnaldo de Jesus, treinador dispensado após o jogo contra o Leão em que perdeu a primeira partida no Diogão por milagroso gol remista já nos descontos do jogo. Por que Agnaldo saiu, ninguém sabe até hoje. 

Na Copa do Brasil, a equipe da Pérola do Caeté eliminou o experiente ASA de Arapiraca (AL) e nesta quarta-feira que passou, o tinhoso Aparecidense de Goiânia. Um feito extraordinário, principalmente em termos financeiros. Faturou até agora mais de 2 milhões de reais líquidos! Está com o boi na sombra para reforçar seu time para a série D nacional. 

Bragança pode se orgulhar de ter um time copeiro de hoje em diante. E que por tabela enche de brios a todos os paraenses. Pode ir além na competição se passar pelo Vila Nova. Ninguém duvida que isso seja possível. Basta não se deixar empolgar em demasia. Futebol tem dessas coisas. É imprevisível sob todos os aspectos. O novo técnico Samuel Candido tem experiência bastante para saber segurar a sua moçada. 

Já o Independente vai decidir o título paraense com o Remo. Já foi campeão, aliás, o primeiro dos clubes interioranos em 2011.Abrindo caminho no ano seguinte para o Cametá. O Galo Elétrico de Tucuruí mostrou que sua vitória em casa com um campo totalmente alagado não foi por mero acaso. 

Quando todos pensavam que na Curuzú o Paissandu reverteria o placar de 3 a 1 valendo-se do fator gramado em perfeitas condições de jogo e a força de sua torcida, o final do jogo não foi além de um esquálido 1 a zero. Mas não que o Independente tenha jogado todo na retranca. Teve chances também de fazer gols. Mas foi valente, desinibido quanto ao público torcendo contra si e deixou o gramado classificado para ir às finais com o Remo. 

Pode repetir a façanha de 2011? Tem agora até mais experiência e um time melhor organizado. Se souber equilibrar a primeira partida amanhã, fará com que o Remo jogue no desespero o segundo embate na próxima semana. 

Lá atrás, o Ananindeua, Castanhal, São Raimundo e Cametá já mostraram também a força do futebol que representam. Lembro que o time da região metropolitana chegou a desclassificar o poderoso Bahia em uma competição nacional (Terceira Divisão?). Perante 40 mil torcedores na Fonte Nova. Foi garfado pelo árbitro e ainda assim só perdeu por 1 a 0. Em Belém, venceu por 3 a 1. Era um timaço aquele da Tartaruga. 

O Castanhal era para ter sido o primeiro campeão interiorano. No ano de 2000 formou o melhor time de todos os tempos e por ironia do destino mesmo vencendo o Paissandu na partida final e somando o maior número de pontos entre todos os times, não levou o caneco... O regulamento do campeonato era esdruxulo. 

O Cametá perdia para o Remo na decisão do título de 2012 até ao apagar das luzes do Mangueirão. Mas teve força suficiente para fazer dois gols e empatar o jogo. Era só do que precisava. Vencera a primeira por 2 a 1. Levou o título para o seu município, O Mapará foi outro timaço naquele ano. E ainda revelou o atacante Rafael Paty, artilheiro do campeonato.

O São Raimundo foi comendo pelas beiradas do primeiro campeonato da Série “D” brasileira em 2009 e quando menos se esperava estava na decisão final contra  o Macaé. 

O Pantera santareno foi o primeiro dono do título da nova competição da CBF. Já ia esquecendo do valoroso Águia de Marabá que mesmo lutando sozinho, passou sete anos sendo nosso honroso representante na série “C” nacional. E em uma das vezes, apenas pela escassez de  um gol não subiu para a Segunda Divisão. Tem um projeto de estádio que se arrasta por anos e ninguém move nem a pestana de um dos olhos para ajudar o clube marabaense. 

Na Copa do Brasil de 2009 por muito pouco não desclassifica o poderoso Fluminense dentro do Maracanã. Já esteve em duas finais do campeonato paraense e já merecia a conquista do título estadual. Dos vários municípios onde já estive – Castanhal, Bragança, Barcarena quando sediava o Tiradentes, Mãe do Rio em seu belo estádio cedido ao São Raimundo e Abaetetuba quando o Vênus disputava a Primeira Divisão, é justamente nesse município que a rivalidade intensa entre Abaeté e Vênus não permite o futebol alcançar o nível dos que citei acima. Abaetetuba é um dos nossos maiores municípios em desenvolvimento e urbanização. Seu estádio (pertencente ao Abaeté) com algumas melhorias especialmente no gramado e nas arquibancadas, poderia fundir os  dos tradicionais rivais e na formação de um só time, dar alegrias ao torcedor da Pérola do Tocantins  que desde a época do campeonato Intermunicipal e um dos mais entusiastas do futebol interiorano. E sua seleção uma das que mais ganhou o título desse campeonato. 

O futebol do interior do Pará tem demonstrado a pujança de sua participação em nossa competição estadual mais importante. Falta apenas maior apoio aos clubes. 

Na capital, o retorno da Tuna, considerada a terceira força metropolitana, e do Sport Belém (entre os pequenos), seria fundamental para tornar o campeonato ainda mais atraente e dar um equilíbrio de forças entre a capital e o interior; quem sabe também o Ananindeua, ao concluir seu estádio e ao voltar aos seus melhores dias. O governador atual é um de seus fundadores.

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