sábado, 19 de janeiro de 2019

Os ídolos eternos


Os jogadores considerados como ídolos nos clubes de massa parecem que não morrem. São lembrados sempre pelos torcedores. Mesmo com passagens pelo clube nem sempre tão longas, a fixação mnemônica acontece pelo que fizeram às vezes apenas em um jogo. Absurdo? Pode ser. Mas o futebol em sua amplitude mística, absorve esses fatos estranhos à lógica natural.

Pelo Remo e Paissandu já passaram jogadores que perenizaram seus nomes. Tanto paraenses quantos “importados” vindos de outros estados do país.

O lendário goleiro uruguaio Veliz, até hoje é lembrado como um dos melhores que o Remo já teve. O técnico uruguaio Juan Alvarez pediu que suas cinzas fossem jogadas sobre o estádio da Curuzu, tamanha era sua finidade com o clube bicolor. E teve seu pedido atendido pela família. Ele morreu em seu país. O mineiro Jambo foi um dos primeiros profissionais azulinos. Era tão bom em campo como dava um trabalhão quando estava alcoolizado. Terminou por promover um quebra-quebra na sede social remista e foi expulso do clube.

João Tavares que veio do futebol amazonense jogava com tanta bravura no Papão que foi apelidado de “João sem medo” em alusão ao principal personagem de uma das novelas de maior sucesso da Globo nos anos 1960. François não era um primor como goleiro, mas tinha o Remo no coração desde quando o Leão foi jogar em sua terra natal, Paramaribo. Veio junto com a delegação. Era porradeiro respeitado na cidade. Marcar gols, jogando com muita raça era a especialidade de Bené que veio do Vasco. E quando passou a jogar junto com outro ex-craque vascaino, o saudoso Rubilota, aí mesmo que os gols surgiam em profusão. 

O atacante Amoroso chegou a Belém em 1967 e deu um campeonato ao Remo em 1968 que ficou marcado na história do futebol azulino. Pelo gol oportunista que empatou o jogo (vantagem da qual o Remo desfrutava). Típico do craque tarimbado e sobretudo esperto na malandragem do futebol dentro do campo.

Fico nesses nomes de tempos já bem recuados. Mas outros devem ser lembrados em futuro próximo.



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